Vereadores estão requisitando à Secretaria de Saúde a elaboração de normas para uso dos uniformes Quem nunca observou um profissional de saúde transitando na rua, em transporte público, ou até mesmo em restaurantes e lanchonetes trajando um jaleco? A cena, que não é tão rara, virou alvo de debate na Câmara Municipal de Campina Grande. Preocupados com o transporte de bactérias de dentro do hospital para fora, e vice versa, os vereadores da cidade estão requisitando à Secretaria de Saúde a elaboração de normas para utilização dos uniformes de médicos, residentes, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e demais profissionais que lidam com os pacientes. Ontem pela manhã, a vereadora Ivonete Ludgério (PSDB) protocolou um requerimento na Câmara Municipal, pedindo à Secretaria de Saúde que estabeleça regras de utilização desses uniformes em todas as unidades hospitalares da cidade, incluindo os postos de saúde. De acordo com a parlamentar, isso já uma preocupação nacional e que merece uma maior atenção do poder público. Segundo a vereadora tucana, o legislativo campinense quer que seja cumprida a portaria do Ministério do Trabalho que determina, de forma global, que todos os uniformes devem ser utilizados apenas em locais de trabalho, sem especificar as áreas. Segundo Ivonete, o hábito de usar os jalecos e até toucas de proteção nas calçadas, em lanchonetes e outros ambientes, representa um risco iminente de contaminação. “O uniforme não deve servir como transporte de bactérias para a rua, como também da rua para dentro da unidade hospitalar. Por isso, a Câmara de Campina Grande defende que haja uma regulamentação nesse sentido”, explicou a tucana. A proposta deverá entrar na pauta de votação ainda dessa semana. Se aprovada, como é comum no caso de requerimentos, segue para a Secretaria de Saúde. A reportagem do Diário da Borborema tentou um contato com o secretário Metuselá Agra para ouvir sua opinião a respeito do assunto, mas ele não foi localizado até o fechamento desta edição. O Conselho Regional de Medicina da Paraíba ainda vai se posicionar sobre o caso.De antemão, no entanto, a gerente da unidade de fiscalização do Conselho Regional de Enfermagem, Graziela Cahu, acredita que a medida é polêmica e necessita de uma maior discussão com os profissionais de saúde antes de a secretaria se posicionar. Para ela, a vereadora precisa deixar claro quem ficará com a responsabilidade de esterilizar as peças do uniforme quando o profissional sair da unidade hospitalar. “Em que local o uniforme será lavado, como será esterilizado?”, questionou. Segundo Graziela, já existem normas técnicas que orientam a vestimenta dos profissionais e que podem ser colocadas em prática. Ela citou, por exemplo, a importância de se usar jaleco branco, como forma de proteger a roupa do profissional e o paciente de infecções, sapato fechado, cabelo preso e poucos adereços (estes dois últimos no caso de mulheres).

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