30 de setembro de 2011

Ontem  foi constatada a presença da super bactéria Klebsiella pneuomonaie carbapenemase (KPC) em mais um paciente no Hospital Regional de Trauma de Campina Grande, que divide uma enfermaria com mais três pessoas. Segundo o diretor técnico da instituição, Flawbert Cruz, a bactéria está colonizada, e por isso, o caso não é considerado de infecção. Entretanto, se houver queda no quadro de imunidade do paciente, o estágio pode passar para contaminação e infecção rapidamente. Este pode ser o quarto caso de contaminação por KPC registrado na cidade em 2011. Os dois casos mais recentes foram diagnosticados nos dias 23 e 27 desse mês. A primeira notificação do ano foi em fevereiro, quando a contaminação foi constatada em um paciente, no antigo Hospital Regional e que recebeu alta após dois meses de internação.

O diretor técnico do Trauma informou que com a constatação da presença da KPC, o paciente está sendo monitorado ininterruptamente e que as medidas de higiene foram reforçadas para evitar a contaminação dos outros pacientes, que estão sendo avaliados para verificar a presença da bactéria. Flawbert disse ainda que  está sendo feita uma busca ativa em todo o hospital, com ênfase nos pacientes que estão internados há muito tempo, já que a KPC é uma bactéria intra-hospitalar, para investigar mais contaminações. “O hospital também restringiu as visitas de crianças e idosos, para diminuir os riscos”, afirmou.

O médico infectologista Evanízio Roque ratificou que é preciso que o paciente seja isolado imediatamente, mesmo a KPC estando colonizada.

“Colonizada quer dizer que ela está fazendo parte da flora bacteriana do indivíduo, que está habitando a pessoa, mas sem causar doença nesse estágio. A contaminação e infecção podem acontecer por ocasião de um ferimento. Mas, mesmo assim, ela passa de uma pessoa para outra pelo simples aperto de mão. Por isso recomendamos a lavagem das mãos. Só que um paciente com KPC colonizada já representa grande risco de contaminação e precisa ser isolado logo. Se ele está colonizado, ele é portador, se houver queda na imunidade, pode evoluir para infecção”, esclareceu. 

Paredes são especiais

Os dois pacientes contaminados permanecem isolados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Trauma. O diretor do hospital disse que o homem, de 41 anos de idade, internado há 45 dias, está estável e evoluindo. Entetanto, a outra paciente, uma mulher de 29 anos, portadora de diabetes, permanece em estado grave. “Ela já chegou aqui em estado grave, com diabetes descompensada e insuficiência respiratória e seu estado não tem apresentado evolução”, falou.

Flawbert lembrou que a UTI onde os pacientes infectados com a bactéria estão internados possui espaços isolados por paredes especiais. “Existe uma antecâmara onde os médicos e enfermeiros se vestem com equipamentos de proteção como luvas e capaz, evitando o contato direto com os pacientes”, explicou. Atualmente existem 20 leitos da UTI na unidade hospitalar, sendo dez na ala feminina e outros dez na ala masculina. Os médicos e enfermeiros que assistem ao outro paciente, que tem a KPC colonizada, também estão tomando cuidados específicos, com luvas e higiene redobrada.

Fonte: Correio da Paraíba

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