Isabela Alencar e Lucilene Meireles A categoria iniciou, ontem, a paralisação que deve se estender hoje com o protesto contra os os planos de saúde Um protesto marcou o primeiro dia de mobilização dos pediatras em João Pessoa. Em Campina Grande, a suspensão de atendimentos a consultas a conveniados a planos de saúde deixou cerca de 500 crianças sem atendimento. Nas duas cidades, representantes da categoria se reuniram com integrantes dos planos de saúde para resolver o impasse e negociar quanto a série de propostas dos profissionais, que reclamam, principalmente, dos baixos valores nos repasses do valor das consultas. Durante a manifestação na orla de João Pessoa, os pediatras entregaram uma carta aberta à população, esclarecendo que não haverá prejuízos para os usuários e, mesmo sem a realização de consultas, o atendimento de urgência e emergência está garantido. Após a mobilização, a presidente da Sociedade Paraibana de Pediatria (SPP), Kátia Laureano, acompanhada por um grupo de pediatras, se reuniu com a direção da Unimed-JP. Ela avaliou o encontro como razoável e se mostrou confiante com o resultado da conversa com Aucélio Gusmão e João Modesto, ambos da direção da operadora. Algumas reivindicações devem ser aceitas, como a questão do retorno. Outras só a médio e longo prazo. “Esse é o início da negociação. Para já, a Unimed quer trabalhar o retorno que corresponde a cerca de 40% dos nossos atendimentos, e a consulta pré-natal”, declarou. A promessa é que a operadora vai estudar a redução do prazo de retorno. “Não é só uma questão de não ganhar por essa consulta, mas porque gastamos para atender com energia elétrica e internet, por exemplo”, disse Kátia. O processo de desvalorização do profissional pediatra é uma realidade progressiva em todo o país no que se refere a remuneração de consulta realizada em consultório ou serviço de urgência. O valor da consulta para o pediatra está aquém do necessário para se manter o consultório. O período de retorno de 30 dias origina as consultas não remuneradas. A presidente da SPP explicou que os valores de consulta são no máximo, R$40. “Subtraindo deste valor 27,5% de Imposto de Renda, 11% de INSS e em torno de 15% de encargos descartáveis ou qualquer depreciação do imóvel, a consulta passa a valer, em média, 53,5% a menos, ou seja, R$18,60 ou R$9,30 se houver pelo menos um retorno, que ocorre na Pediatria. “Caso o paciente procure um serviço médico de urgência e retorne para o pediatra de origem, este profissional não será remunerado pela consulta”. Data: 24/02/2010 Seção: Dia a Dia Veículo: Jornal O Norte

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