Com quase 26 anos de uso, o único equipamento utiliado pelas sessões de radioterapia do Hospital Napoleão Laurenao na Capital, o acelerador linear, apresenta constantes quebras e, de acordo com médicos e voluntários do Hospital, o atendimento diário já foi reduzido em cerca de 20%, visando diminuir os constantes defeitos apresentados pela máquina. Segundo a médica radioterapeuta, Ana Carolina, por ano, 600 pessoas deixam de ser atendidas no hospital e são encaminhadas para Estados vizinhos devido à emergência de seus tratamentos e impossibilidade de atendimento. Uma campanha está sendo feita em todo o Estado, pela Sociedade Paraibana de Combate ao Câncer (SPCC), em prol da compra de dois novos aceleradores lineares para atender a demanda no Estado – um para o Hospital da FAP, em Campina Grande e outro para o Laureano em João Pessoa – a um custo, segundo o coordenador da campanha, de quase R$ 5 milhões. Com o único equipamento, que apresenta constantes defeitos, os pacientes sofrem com tratamentos paralisados e dores causadas por complicações após a falta das sessões de radioterapia necessárias às pessoas que estão convivendo com o câncer e dependem do acelerador para ter uma esperança de vida. O equipamento atende de sete a oito pacientes por hora todos os dias e chega a ser usado por até 12 horas diárias, o que para o físico da medicina José Marques, é um tempo excessivo comparando com o tempo de uso da máquina, que, tem uma vida útil de 20 anos, e já está em atividade há quase 30 no Hospital. José Marques afirmou ainda que com a aquisição de um novo equipamento, haverá um aumento de até 30% no atendimento aos pacientes da radioterapia, já que, além do que já está em uso, que teria uma diminuição da demanda, a nova máquina traria uma maior rapidez e eficácia nos tratamentos. “JP tem os piores equipamentos” Em termos de equipamentos modernos que proporcionem um tratamento mais rápido e eficaz, a médica radioterapeuta do Hospital Napoleão Laureano, Ana Carolina, afirmou que na região Nordeste, João Pessoa está com os piores equipamentos de radioterapia oferecidos à população. Ela disse que alguns pacientes já são encaminhados para cidades como Natal e Recife, em busca de melhores condições de cura. “Nós nos preocupamos vendo que cidades como Natal possuem equipamentos de ponta para este tipo de tratamento e aqui temos que nos desdobrar, sabendo que, por muitas vezes, sem condições de viajar, pacientes continuam fazendo suas sessões aqui, mas sem perspectiva de uma cura garantida”, disse. Ela afirmou que, em alguns casos de câncer, fortes doses devem ser aplicadas no paciente, mas, com o equipamento disponível no Hospital, isto não é feito pois, para que uma dosagem maior seja realizada, um equipamento que realize um estudo prévio em órgãos vizinhos ao que está apresentando o tumor é o mais indicado, o que não é o caso do que existe no Laureano. “Se, por exemplo, um paciente apresenta um tumor na próstata e precisa desta dosagem, este novo equipamento que esta campanha visa adquirir pode fazer um estudo e ver como seria aplicada sem atingir órgão vizinhos. Sem ele aplicamos doses menores, mas que não traz garantias ao paciente. Como médica, me preocupo em ver esta realidade”, disse Pai tem medo de perder o filho José Andélio Guimarães, que mora no município de São José de Piranhas, está na Capital devido ao tratamento de seu filho de nove anos, que apresentou um tumor na região da garganta. O menino já passou por 16 sessões de radioterapia, que, segundo o pai, não houve interrupção por causa de defeitos no equipamento, mas, ele declara que sempre ficou com medo de que a máquina parasse e o filho ficasse sem as aplicações da radioterapia. “Graças a Deus não tivemos problemas com esta máquina, mas vejo o sofrimento de pessoas que não conseguem continuar seus tratamento. Uma nova máquina neste setor ajudaria muito a vida das pessoas que dependem dela para continuar vivendo”, disse. O aposentado José Dionísio da Silva sofreu com uma pequena interrupção em seu tratamento quando a máquina apresentou um defeito, ficando um dia sem pode ter as as sessões de radioterapia. “Ainda bem que não tive complicações por causa da paralisação, mas, quando pára, o que temos fazer é esperar”, disse. Campanha junto à sociedade A Sociedade Paraibana de Combate ao Câncer (SPCC) vem realizando há três meses uma campanha em prol da aquisição de dois aceleradores lineares para os hospitais Laureano em João Pessoa e Fap em Campina Grande. Cada equipamento custa em torno de R$ 2,2 milhões, quantia que está sendo a meta da campanha no Estado, que, além de arrecadar o dinheiro, sorteia motos entre os participantes. “Nós estamos numa constante luta para chegarmos a nossa meta. Nosso único pensamento é em diminuir os problemas causados aos pacientes após os defeitos que a máquina que temos quebra. Com o ato de adquirir o cupom, esta pessoas estão ajudando a salvar vidas”, afirmou o físico e coordenador da campanha José Marques.Em quase três meses de campanha, a SPCC já conseguiu pouco mais de 20 mil cupons vendidos, mas a coordenação espera que, com a adesão do Sistema CORREIO de Comunicação, este número aumente consideravelmente e a meta seja atingida. “Graças a Deus estamos com parceiro como o Sistema Correio nos ajudando a conseguir estes equipamentos”, disse. Para participar da campanha, os paraibanos podem adquirir um cupom ao preço de R$ 5 nas agências do Multibank, Empresas de Correios e Telégrafos, e lojas credenciadas do CDL. A SPCC também disponibilizou um site (www.paraibacontraocancer.com.br) para doações em qualquer parte do Estado. O coordenador José Marques, afirmou que, a partir de 10 cupons por pessoas, o doador os recebe em casa.

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