Sobe para oito o número de hospitais interditados pelo Conselho Regional de Medicina na Paraíba. Neste final de semana o CRM/PB realizou mais uma interdição, desta vez no Hospital e Maternidade de Cubati, na região do Curimataú. A interdição do Hospital e Matrnidade de Cubati foi motivada, sobretudo, pela falta de médicos para companhamento dos pacientes. De acordo com o diretor do departamento de fiscalização do CRM, João Alberto Pessoa, apenas médicos do Programa Saúde da Família (PSF) dão plantões em algumas noites no hospital. Durante o dia, não há médicos. “A medicação aos pacientes internados estava sendo administrada por técnicos de enfermagem”, ressaltou João Alberto. Interdição ética – Cubati está localizada há 201 km de João Pessoa e tem cerca de 6,5 mil habitantes. “Infelizmente não havia outra alternativa e tivemos que fazer a interdição”, ressaltou João Alberto. Ele ainda explicou que essa ação é tomada quando o hospital fechado traz menos riscos aos pacientes do que funcionando de tal forma. Ou seja, é melhor que a população recorra a outro hospital em município vizinho. “A interdição ética significa suspender as atividades dos profissionais médicos”, completou. Desde o início deste ano, o CRM/PB vem realizando visitas às unidades de saúde da Paraíba. Já foram visitados em torno de 120 hospitais de todas as regiões do Estado. De acordo com João Alberto, nenhum hospital da Paraíba, nem mesmo da Capital, tem condições de atender integralmente um paciente. Os hospitais que estão interditadas eticamente pelo CRM atualmente são: Unidade Médico Hospitalar de Gurjão; Fundação Médico Hospitalar do Congo; Hospital Municipal Sancho Leite, em Teixeira; os hospitais e maternidades Sabina Candeia, em Quixaba, e Manoel Madruga, em Serra da Raiz; o Berçário do Hospital Regional de Cajazeiras; e a UTI do Hospital Santa Isabel, em João Pessoa.