A situação caótica da saúde pública da Paraíba será tema de sessão especial na Assembleia Legislativa do Estado. Nesta segunda-feira (2), a diretoria do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) recebeu a visita do deputado estadual Luciano Cartaxo, que se comprometeu em levar para a plenária o assunto, em amplo debate com representantes de entidades médicas, gestores e deputados.

De acordo com o presidente do CRM-PB, João Medeiros Filho, foram apresentados relatórios consolidados de fiscalizações realizadas em todas as regiões do Estado. O deputado Luciano Cartaxo disse que, nesta terça-feira (3), vai apresentar durante a sessão na Assembléia a propositura da plenária pública. Ele espera que o debate seja realizado ainda neste mês de maio, de acordo com a agenda da Casa.

O deputado Luciano Cartaxo foi ao CRM-PB motivado pelas notícias que foram veiculadas, nesta segunda-feira (2), sobre a situação grave identificada, neste final de semana, pelo Conselho em Patos. Segundo o parlamentar, é preciso que se tomem medidas que minimizem o caos na saúde pública do Estado que vem sendo alertado pelo CRM-PB e outras entidades.

O presidente do CRM-PB disse ainda que nesta terça-feira (3), às 10h, será realizada uma reunião com o presidente do Tribunal de Justiça, Abraham Lincoln, para discutir a situação da saúde na Paraíba.


Caos em Patos

Nesta segunda-feira (2), o CRM-PB a interditou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Patos. Neste final de semana, durante fiscalização da entidade, foram encontrados diversos problemas nas unidades hospitalares da cidade. A maternidade Peregrino Filho, a única da cidade, está sem obstetra e sem anestesista. O Hospital Regional de Patos também está funcionando sem anestesistas de plantão. Já a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital infantil está fechada por falta de médico.

“A população e os médicos da cidade estão em condições desumanas. Os profissionais que continuam trabalhando estão sobrecarregados e isso afeta o atendimento. O CRM veio ao município para testemunhar o caos e se solidarizar com os médicos. Só não fizemos a interdição médica dos hospitais porque a população não teria mais a quem recorrer”, ressaltou Eurípedes Mendonça.

De acordo com diretor de Fiscalização, os pacientes estão tendo que se deslocar para municípios vizinhos, como Pombal e São Mamede. Os casos mais graves são encaminhados para Campina Grande. “Neste final de semana, até as gestantes estão passando por uma situação difícil, na única maternidade da cidade”, completou Eurípedes.
Spotify Flickr Facebook Youtube Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.