19 de janeiro de 2012
Os mais de 2,5 mil atendimentos mensais realizados no setor de ortopedia do Hospital de Emergência Trauma de Campina Grande poderão ser prejudicados após o pedido de suspensão de atividades de 24 médicos cooperados, que prestavam serviço em convênio com a Secretaria de Estado da Saúde (SES). A direção do hospital contratou, em caráter emergencial, seis médicos do Rio de Janeiro, que chegaram ao centro médico campinense na última terça-feira. Somados aos seis médicos concursados que atuam no local, a equipe de ortopedistas atuará com apenas 12 profissionais.
A direção do hospital não apresentou prazo para retorno dos ortopedistas que prestavam serviço através da cooperativa. Por mês são feitas 350 cirurgias ortopédicas no Hospital de Trauma e o diretor técnico do local, Flaubert Cruz, alegou que tentará manter esse número, mesmo com a equipe reduzida. “Tentaremos manter o número de atendimentos e remanejar os casos de menor complexidade para outros hospitais, como o Hospital Antônio Targino. Temos um quadro de seis ortopedistas concursados, mas que não conseguiriam atender a demanda, por isso essa contratação temporária”, informou.
De acordo com ele, os 24 profissionais, que eram da Cooperativa dos Ortopedistas e Traumatologistas de Campina Grande (COOTAC), resolveram suspender os serviços até que uma nova licitação de contrato seja iniciada. “Esse contrato, que foi iniciado em janeiro de 2011, se encerrou em outubro. Mesmo assim os valores de R$ 1 mil por plantão de 12 horas vinham sendo pagos normalmente, mas os médicos cooperados resolveram suspender as atividades e informaram que não retornarão aos serviços até a regulamentação do processo licitatório”, explicou Flaubert Cruz.
Segundo o diretor técnico, o valor do pagamento dos médicos do Rio de Janeiro, que vieram do Hospital Municipal Miguel Couto, será a mesma dos ortopedistas que atuavam por meio do contrato com a SES.
Fonte: Correio da Paraíba