Na próxima terça-feira, a pequena Kauanne Gabrielle Lopes de Souza completa um mês de vida. Será um dia especial para a família dela, especialmente para a mãe, Danielle Custódio, que viu a filha ser submetida a uma cirurgia cardíaca uma semana depois de vir ao mundo. “Não quero nem pensar no que poderia ter acontecido se a minha filha não tivesse sido socorrida a tempo”, disse a mãe. Kauanne é uma das 31 crianças cardiopatas que foram submetidas a cirurgias cardíacas, nos últimos três meses, custeadas pelo Ministério da Saúde (MS) e Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES). A menina nasceu com uma cardiopatia congênita, conhecida como estenose da artéria pulmonar. Um dia após o parto, realizado na Maternidade Frei Damião, na Capital, a mãe percebeu que tinha algo errado com a criança. “Vi que ela estava ficando roxa e pedi a ajuda de uma enfermeira. Não imaginava que fosse um problema tão grave, mas sabia que alguma coisa estava errada”, contou Danielle. O bebê foi encaminhado para a UTI neonatal e, após a realização de um ecocardiograma, o problema foi diagnosticado. “Imediatamente, o hospital entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado, que providenciou a transferência dela o mais rápido possível”, contou a mãe. “Eu sofria vendo minha filha entubada” A Central Estadual de Regulação de alta Complexidade( Cerac) foi acionado e entrou em contato com a Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade (CNRAC), que informou a falta de vagas nos hospitais referenciados no País. Para salvar a vida da criança, a SES custeou a cirurgia de Kauanne no Instituto do Coração (Incor) de Natal (RN). “Eu ficava olhando para o quarto da UTI e sentia um aperto no peito quando via a minha filha toda entubada. Por isso, quando pude pegá-la nos braços novamente e amamentá-la senti uma emoção muito grande”, comentou. Vinte dias após a cirurgia, Kauanne já havia ganhado 170 gramas e se recupera bem. Por causa da cardiopatia congênita, os médicos tiveram que colocar um tubo sintético no coração da menina. O problema é que há o risco do tubo necrosar ou sair do lugar e, por isso, quando completar cinco meses, ela terá que passar por uma avaliação médica. “Isso significa que ela poderá ter que passar por outra cirurgia”, disse Diêgo Custódio, tio do bebê, que acompanhou a criança durante o tempo em que ela estava em Natal, tendo suas despesas custeadas pelo programa de Tratamento Fora Domicílio (TFD). A Paraíba ainda não tem um serviço para operar bebês cardiopatas e, por isso, os pacientes são encaminhados a outros Estados. A Cerac solicita ao CNRAC, que atende as solicitações quando há vagas nos serviços referenciados. Segundo informações da Cerac, este ano 32 crianças paraibanas foram encaminhadas para cirurgias cardíacas, sendo 31 entre o mês de marco e a primeira semana deste mês de junho. A SES precisou custear transporte e cirurgias para três dessas crianças, que não podiam esperar na fila. As outras foram viabilizadas com recursos do SUS.

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