O Ministério da Saúde intensifica as ações de apoio aos municípios que apresentam maior risco de surtos de dengue em todo o país. O objetivo é detectar rapidamente os locais de intensificação da transmissão da doença, além de apoiar os estados e municípios no combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. É o que está sendo realizado nesse momento em áreas do município do Rio de Janeiro onde foram identificados focos de transmissão. Para esses locais, foram deslocados 150 agentes de controle de endemias e sete veículos equipados com UBV (fumacê) da reserva estratégica do estado. Na primeira metade deste mês, o Ministério da Saúde registrou 1.960 casos de dengue em todo o país. Embora sejam dados provisórios, pode-se afirmar que a situação epidemiológica da doença apresenta-se melhor do que a observada em 2005, quando foram notificados 13.540 casos em janeiro. Em 2006, os estados com maior número de casos são: Goiás (697), Minas Gerais (300), Mato Grosso (137), Amapá (113), Rio de Janeiro (109) e Rondônia (107). Não há registro de casos ou óbitos por febre hemorrágica de dengue (FHD) até o momento. Em 2006, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, foram notificados, até o momento, 109 casos de dengue, sendo 79 no município do Rio Janeiro, não havendo registro de nenhum caso ou óbito por dengue hemorrágica. Houve um caso de uma criança de 12 anos e um óbito de um adolescente de 15 anos. Ambos os casos estão sob investigação, mas as suspeitas recaem sobre meningite e hepatite A fulminante ou leptospirose, respectivamente. Nos dois casos, a possibilidade de FHD está afastada. O estado do Rio de Janeiro apresentou, em 2005, 2.451 casos de dengue, representando uma redução de 8,6% de casos em comparação com o ano de 2004. Essa baixa transmissão é resultado dos sucessivos surtos de dengue naquele estado, que reduziram muito a população susceptível para os três subtipos da doença (1, 2 e 3) que circulam no país. Foram notificados também nove casos de febre hemorrágica da dengue. Em dezembro de 2005, foram confirmados dois óbitos atribuídos a formas graves de dengue nos municípios do Rio de Janeiro e São Gonçalo. Ações de apoio – Vale ressaltar que o Ministério da Saúde desenvolveu, durante 2005, as seguintes ações no Rio de Janeiro, para apoiar a Secretaria Estadual e as secretarias municipais de saúde nas ações de prevenção e controle da dengue: – Repasse automático e mensal de R$ 52,7 milhões/ano, por intermédio do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde (TFVS); – Repasse adicional de R$ 9 milhões/ano para contratação de 1,6 mil agentes de controle de endemias por parte de municípios prioritários; – Manutenção de 2.292 agentes de controle de endemias, que foram descentralizados da Funasa para o estado e municípios; – Prorrogação do contrato de 5.391 agentes de controle de endemias, que atuam sob gestão do estado e dos municípios; – Manutenção de dois consultores para atuação junto à Secretaria de Estado da Saúde, no apoio à implantação e acompanhamento do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD) nos municípios prioritários; – Realização, em setembro, na cidade do Rio de Janeiro, de reunião macrorregional de avaliação e acompanhamento das atividades de PNCD, com 219 municípios prioritários da Região Sudeste; – Execução, em outubro, do Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes aegypti (LIRAa) em 19 municípios: Angra dos Reis, Barra Mansa, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, Duque de Caxias, Itaboraí, Macaé, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Queimados, Resende, Rio de Janeiro, São Gonçalo, São João de Meriti, e Volta Redonda. Os municípios de Cabo Frio, Petrópolis e Teresópolis, que estavam programados, não realizaram o levantamento. O LIRAa permite que o governo municipal tenha a informação sobre a situação de infestação pelo mosquito transmissor da dengue para cada bairro, permitindo a atuação focalizada e intensificada com tempo de prevenir a ocorrência de surtos no verão; – Repasse de R$ 200.850,00 para capacitação de 303 médicos, 196 instrutores do PACS/PSF, 161 ACS e 47 técnicos em mobilização social; – Veiculação de campanha publicitária de comunicação e mobilização para o Dia D contra a Dengue no estado: – Televisão e Rádio: veiculação no período de 4 a 19 de novembro; – Jornal: anúncio no dia 19 de novembro nos jornais O Globo, Extra e O Dia; – Metrô e trem urbano: veiculação no período de 4 a 30 de novembro; – Mobiliário urbano: veiculação no período de 15 a 21 de novembro; – Cartazes e folhetos: impressos 42.000 cartazes e 250.000 folhetos. – Desde a implantação do Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), em 2002, o ministério repassou equipamentos e veículos (351 pickups; 45 pickups cabine dupla; 40 veículos tipo furgão; 43 veículos com equipamentos para aplicação de inseticidas a ultra baixo volume – fumacê; e 164 equipamentos portáteis para aplicação de inseticidas. Condições favoráveis – A dengue ocorre principalmente entre os meses de janeiro a maio, pelas condições climáticas favoráveis ao mosquito transmissor, o Aedes aegypti, nessa época do ano. Desde 1986, quando a doença foi introduzida no país, em todos os anos há registro de casos de dengue, com a ocorrência de vários picos epidêmicos durante esse período, relacionados com a chegada de um novo subtipo do vírus da dengue. Na década de 90, mesmo em anos não epidêmicos, a doença registra uma ocorrência de dezenas de milhares de casos por ano. O último pico epidêmico ocorreu em 2002, em decorrência da introdução do DEN-3, tendo sido registrados 794 mil casos, a maioria deles no Rio de Janeiro. Nos anos seguintes, a dispersão do DEN-3 para os demais estados do país proporcionou o surgimento de surtos e epidemias, mas sem atingir os níveis de 2002. No ano passado, foram registrados 203.789 casos, sendo as regiões mais acometidas o Nordeste (94.069) e o Norte (41.063). Leia nota técnica. A campanha publicitária do Ministério da Saúde, para o esclarecimento e mobilização da população sobre as ações que cada família deve realizar para evitar criadouros do mosquito nos seus domicílios, já está sendo novamente veiculada em rádios e televisões. Agência Saúde

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