Instituições brasileiras renomadas de ensino e pesquisa entregaram, na tarde desta quinta-feira (13), à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ellen Gracie, um pedido formal em favor do uso de células-tronco embrionárias. O documento pretende dar subsídio para a decisão da ministra. A previsão é de que o relator Carlos Ayres Britto termine seu parecer em janeiro de 2008 e, em fevereiro, o texto vá a julgamento. Os embriões solicitados pelos pesquisadores são aqueles que estão congelados, em clínicas e hospitais e, que em breve serão descartados. Determinação já contemplada na lei 11.105, de biossegurança. “As pesquisas são realizadas com ética. A comunidade científica só utiliza embriões congelados há mais de 3 anos e com consentimento dos progenitores”, afirmou a pesquisadora Helena Nader, vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Se os embriões não forem utilizados em pesquisas, aqueles que sobram em clínicas de fertilização, ficarão congelados para sempre, tornando-se cada vez menos viáveis, inclusive para a investigação científica explicou a pesquisadora. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Reinaldo Guimarães concorda que a decisão favorável do STF pelo uso de células-tronco é muito importante para o desenvolvimento de pesquisas da comunidade científica em prol da saúde da população brasileira. “É preciso dar aos pesquisadores as ferramentas necessárias para o desenvolvimento de novos conhecimentos; novos tratamentos”, disse o secretário. “Se não investirmos agora em pesquisas com células–tronco embrionárias futuramente iremos pagar caro para importar tecnologia”, completou Reinaldo Guimarães. O documento entregue à ministra Ellen Gracie é assinado pela Academia Brasileira de Ciências, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Federação de Sociedades de Biologia Experimental. Em todo Brasil, cerca de 200 mil pesquisadores, ligados a estas entidades, são a favor da utilização de células-tronco embrionárias para fim científico. Os principais representantes dessas entidades estiveram presentes em entrevista coletiva, concedida no Auditório Emílio Ribas, do Ministério da Saúde. Questionados sobre a expectativa do julgamento, todos foram unânimes em dizer: “estamos esperançosos”.

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