O Conselho Regional de Medicina (CRM) realizou uma fiscalização no Hospital Municipal Santa Isabel, baseado nas denúncias feitas na semana passada pela Cooperativa dos Médicos Cirurgiões do Estado. Segundo o diretor do Departamento de Fiscalização do conselho, João Alberto Morais Pessoa, o hospital não está ainda funcionando de forma adequada, mas os problemas detectados não comprometem de forma substancial o funcionamento da unidade de saúde. Ele disse que a maior dificuldade encontrada pela equipe de fiscalização, na tarde de terça-feira, foi em relação a demanda de pacientes que chegam para ser atendidos pelos serviços ambulatoriais e de urgência. “O hospital não tem um perfil próprio. A urgência e o ambulatório se confundem, o que, a verdade, deveria ser separado. Isso dificulta o atendimento de emergência, pois o número de pacientes ambulatoriais que ficam na porta esperando ser atendidos prejudica a entrada dos outros doentes”, contou. Ele disse que o Santa Isabel atende a uma média de 300 pacientes por dia, conforme informações da diretoria. Outra questão que preocupa o CRM é em relação a reativação do Centro de Terapia Intensiva (CTI) do hospital, que está interditado há cerca de quatro anos. De acordo com João Alberto Morais, a diretoria criou a Unidade de Cuidados Especiais (UCE) para substituir o CTI, provisoriamente. “O local é improvisado. A aparelhagem e os profissionais são adequados, mas o lugar não”, afirmou. Faltam aparelhos para exames O hospital Santa Isabel não possui aparelhagem própria para a realização dos exames de endoscopia digestiva e ultra-sonografia, que são realizados no Hospital de Emergência e Trauma. A ausência desses serviços também foi uma das principais reclamações dos cirurgiões, que alegam que este fator vem prejudicando o atendimento na unidade. João Alberto disse que hospital está em uma situação melhor, comparado as condições que ele apresentava no início do ano. Ele citou, por exemplo, o Bloco Cirúrgico, que passou por uma reforma nas suas instalações no mês de junho. Relatório O relatório sobre a fiscalização no hospital Santa Isabel será entregue na próxima segunda-feira à direção do Conselho Regional de Medicina. Ele também será apresentado durante a audiência que foi marcada pelo curador do Cidadão, Valberto Lira, no dia 24 desse mês com a cooperativa, o CRM, o Conselho Regional de Enfermagem (CRE) e a Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), que são os órgãos técnicos que participam da Comissão Permanente de Fiscalização das Ações e das Unidades de Saúde, no Ministério Público. Só após ouvir os médicos e os conselhos, é que uma nova audiência será marcada pela curadoria, mas, dessa vez, com os diretores do hospital. Secretaria A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Saúde, informou que o hospital Santa Isabel está descentralizando os serviços ambulatoriais do órgão. No mês de agosto, cinco especialidades médicas deixaram de ser atendidas no hospital e passaram a funcionar nos centros especializados ligados à rede municipal de saúde. A intenção da secretaria foi desafogar os atendimentos da unidade e fazer uma reestruturação do Sistema Único de Saúde (SUS) no município. A proposta é criar uma rede de cuidados progressivos à saúde, onde os postos de saúde seriam responsáveis pelo atendimento aos pequenos procedimentos. Os centros de especialidades serão os locais apropriados para os exames e o atendimento ambulatorial. Já os hospitais, ficarão apenas com os atendimentos de urgência e emergência e também os procedimentos cirúrgicos.

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