22 de outubro de 2011 

De acordo com o Ministério da Saúde, o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) na Paraíba é pequeno porque a produção no Estado é baixa. Médicos dizem que paraibanos ainda são encaminhados para fazerem tratamentos em outros estados, a exemplo de especialidades como neurologia, ortopedia, cardiologia e iodoterapia. Os procedimentos são realizados em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná e até nos vizinhos Pernambuco e Rio Grande do Norte.

Na última terça-feira, o presidente do Conselho Estadual de Saúde, Eduardo Cunha, divulgou dados com base em números do Ministério da Saúde sobre os recursos do SUS destinados ao atendimento hospitalar e ambulatorial dos paraibanos, que foram publicados pelo Jornal Correio. De acordo com os dados, cada paraibano que depende dos serviços públicos de saúde recebe R$189,89, sendo o 4º estado com menor investimento no país, enquanto o Rio de Janeiro (estado com maior investimento) recebe R$ 386,90 por cada pessoa.

O MS justificou, em nota, o baixo financiamento destinado à Paraíba, explicando que os recursos destinados ao custeio do atendimento hospitalar e ambulatorial levam em conta capacidade instalada e a produção do estado e do município. “Esses dois componentes são calculados para obtenção de teto financeiro”, explica a nota. O teto financeiro para o atendimento hospitalar e ambulatorial (média e alta complexidade) para o ano de 2011 é de R$ 622.871.313.

O presidente do Conselho Estadual disse que atualmente alguns procedimentos, como os de alta complexidade, ainda precisam ser encaminhados para outros estados. “Ainda há deficiência na rede pública para algumas cirurgias como no caso da cardiologia e neurologia”, disse.

Assim como Eduardo Franco, o presidente do Conselho Regional de Medicina, João Medeiros, reconheceu algumas deficiências na realização de procedimentos de alta complexidade. “Um dos motivos é falta de médico do SUS, por isso estamos lutando por mais financiamento”, disse.

Procurado pela reportagem do Correio desde a última quarta-feira, o secretário de Saúde, Waldson Sousa, ainda não se pronunciou sobre o financiamento do SUS para o atendimento hospitalar  e ambulatorial. A SES também não informou a lista dos procedimentos da saúde não realizados no Estado através do SUS e quantas pessoas foram encaminhadas para fazer tratamentos em outros estados este ano.

Fonte: Correio da Paraíba

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