6 de Outubro de 2016

O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital Tavares Corrêa Lima, ressaltou, durante a abertura do VII Fórum Nacional de Ensino Médico, a pesquisa do Instituto de Pesquisas Datafolha que aponta: a grande maioria da população brasileira (86%) defende avaliações regulares ao longo do curso para melhorar o ensino da Medicina.

Ainda de acordo com a pesquisa, para 91% dos entrevistados, os alunos com desempenho ruim nas provas de sexto ano, já previstas em iniciativas como a Avaliação Nacional Seriada dos Estudantes de Medicina (Anasem) que o Governo pretende colocar em prática esse ano, não devem receber diploma. Leia mais sobre a pesquisa aqui.

Assistiram a apresentação, os participantes da mesa de abertura – Lúcio Flávio Gonzaga Silva (CFM), Sigisfredo Luís Brenelli (Abem), José Luiz Dantas Mestrinho (AMB), Francisco de Assis Figueiredo (Secretaria de Atenção à Saúde SAS/MS) e o ministro da Saúde, Ricardo Barros –, além de jornalistas e um público que encheu o auditório do CFM.

Outro tema debatido durante o VII Fórum Nacional de Ensino Médico foi o Estado da Arte da Avaliação do Estudante de Medicina. Sobre esse tema, o palestrante John Norcini, da Foundation for Advancement of International Medical Education and Research (FAIMER), destacou a experiência dos Estados Unidos nessa área nos últimos dez anos.

Em sua apresentação, Norcini elencou diversos aspectos e métodos que devem ser considerados e aplicados em busca de diferentes objetivos, como o conjunto de competências a serem desenvolvidas pelos alunos. “Em universidades como Harvard e Stanford, por exemplo, mais focadas em pesquisa, esses métodos seriam diferentes daqueles aplicados em universidades como a do Novo México, mais focada em serviços para a comunidade”, explica.

A Experiência do Teste de Progresso no Brasil foi apresentada pela professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Angélica Maria Bicudo. Ela ressaltou experiências nacionais como o Núcleo Interinstitucional de Estudos e Práticas de Avaliação em Educação Médica e a experiência da Unicamp na trajetória brasileira de testes de progresso, que permite às escolas e aos seus estudantes saberem como se situam ante o desempenho do conjunto de instituições e acadêmicos. Também apresentaram as suas experiências os professores Valéria Góes Ferreira Pinheiro (UFC) e Flávio Lúcio Pontes Ibiapina (UNIFOR) e o acadêmico Matheus Bessa.

Na sessão de debates que encerrou a manhã de atividades, foram apresentados questionamentos sobre o ensino e a avaliação da Ética e Bioética, a proposta do governo conhecida como Anasem, a mensuração do preparo real do aluno para ingresso no marcado de trabalho e o que fazer com aqueles que não obtiverem notas mínimas, relacionamento médico-paciente, avaliação de habilidades clínicas e aproximação dos conselhos dos processos formativos.

Tais questões continuarão sendo tema de reflexão e encaminhamentos no prosseguimento do evento, que acontece nesta quinta e sexta-feira (6 e 7 de outubro) na sede da autarquia, em Brasília (DF). Acontecem ainda hoje discussões sobre a Anasem, com a presidente do Inep, Maria Inês Fini e na sexta-feira (7), e apresentações sobre o Estado da arte da avaliação da Escola de Medicina, com John Norcini (FAIMER), e Sistema de Acreditação de Escolas Médicas (Saeme), entre outros tópicos.

Fonte: CFM

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