Tumulto que acontece todos os meses e filas de espera que duram uma manhã inteira. É essa a situação encontrada por quem deseja marcar consultas no Hospital Universitário Alcides Carneiro (HUAC), em Campina Grande. Após a marcação, em geral os pacientes esperam de 15 a 45 dias pela consulta. De acordo com a Central de Marcação de Consultas, da Secretaria de Saúde do município, o problema ocorre apenas três dias por mês e será corrigido quando for instalado pelo governo do Estado o sistema informatizado. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) vai fiscalizar a situação e exigir a regularização das consultas.

Na manhã de ontem, a sala de marcação de consultas se encontrava com centenas de pessoas, muitas chegaram ao local desde cedo e ainda aguardavam atendimento. “A desorganização é geral na saúde pública. Essa espera para marcar uma consulta é ainda pior quando a gente vê que demora mais de um mês até o atendimento na data marcada. O tratamento que a gente tem é esperar a morte”, disse a dona de casa Marileide Bezerra.

A aposentada Rizonete Vasconcelos, 70 anos, esperava há mais de 2h no local. “Estou aqui sentada no chão por causa do cansaço. Preciso marcar uma consulta porque estou com problema nos rins e vim lá de Bodocongó a pé. Cheguei de 9h e espero ser atendida lá pelo meio-dia”, relatou.

 

Informatização pode ser a saída

A diretora do HUAC, Alana Abrantes, alega que nada pode fazer a respeito da desorganização do ambiente. “Cedemos apenas a estrutura física. A responsabilidade com pessoal, organização e datas para atendimento é toda com a Central de Marcação de Consultas”, explicou. A coordenação da central informou que o funcionamento é conturbado por ser os primeiros dias disponíveis para marcação de consultas com cardiologista e endocrinologista, por exemplo.

“O tumulto ocorre apenas nesses primeiros três dias, porque são poucos médicos e a população tenta ser atendida o mais rápido possível, mas nos outros dias do mês a marcação não tem problemas. A questão só pode ser solucionada apenas quando houver a implantação do sistema informatizado online, quando os próprios postos do Programa Saúde da Família (PSF) vão poder prestar esse serviço e não teremos mais filas”, disse o coordenador da Central, Petrônio Lira.

O sistema funcionará para marcação de exames, consultas e demais atendimentos de baixa, média e alta complexidades. Ainda segundo o coordenador, caso não haja solução por parte do governo do Estado, a Secretaria de Saúde do município estuda a possibilidade de instalar um programa de informática próprio. “Infelizmente, temos que aguardar o Estado. Como nós temos pressa, se o Estado não agilizar a resolução do problema ou vamos recorrer ao Ministério da Saúde ou contratar uma empresa privada que faça o programa”, concluiu.

A Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde informou que o sistema deverá ser informatizado, mas ressaltou que o hospital é uma unidade federal e que a saúde de Campina é municipalizada.

 Fonte: Jornal da Paraíba

Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.