A Paraíba é o quarto Estado do país com o maior crescimento de médicos nos últimos cinco anos. O número de registros no Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) passou de 6.529 em 2013 para 8.741 em 2018, um crescimento de 34,08%. De acordo com levantamento realizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a Paraíba fica atrás apenas de Rondônia (48,41%), Tocantins (46,85%) e Piauí (37,35%). A análise do CFM foi realizada a partir de suas bases cadastrais, no período compreendido entre 2013 e 2018.

O estudo do CFM confirma que Brasil possui médicos ativos, com registro nos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), em número absoluto suficiente para atender às necessidades da população e, inclusive, para ocupar vagas abertas no Programa Mais Médicos (PMM). Em cinco anos, o total desses profissionais cresceu 21,03%.

Na avaliação do CFM, se comparado com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fica evidente que o percentual de crescimento da população médica foi 5,4 vezes maior do que o de crescimento da população em geral, nesse intervalo de tempo, que ficou em 3,7%. Nos últimos cinco anos, o País ganhou mais 7.462.186 habitantes, passando de 201.032.714 (em 2013) para 208.494.900 (em 2018).

Com o aumento registrado na população médica, também subiu a razão de médico por grupo de mil habitantes no Brasil, que passou de 1,93 (2013) para 2,24 (2018). Essa variação aproximou o indicador nacional de países como Coréia do Sul (2,2), México (2,3), Japão (2,4) e Polônia (2,5).

O aumento significativo da população médica aconteceu nos 26 estados e no Distrito Federal, o que mostra que essa oferta tem crescido mesmo nas áreas mais distantes, apesar de persistir uma tendência de concentração nos estados e regiões mais desenvolvidos, em especial no Sul e no Sudeste, bem como na faixa litorânea.

Atualmente, o Brasil conta com 466.135 médicos ativos, segundo números de outubro passado. Entre 2013 e 2018, um total de 98.006 médicos se inscreveram nos Conselhos Regionais de Medicina. Proporcionalmente, os maiores aumentos foram registrados nos seguintes estados: Rondônia (48,41%), Tocantins (46,85%), Piauí (37,35%), Paraíba (34,08%) e Amazonas (30,87%). Os menores percentuais de aumento foram registrados em: Distrito Federal (14,88%), São Paulo (15,47%), Rio de Janeiro (17,15%), Rio Grande do Sul (17,66%) e Alagoas (19,62%).

CONFIRA TODOS OS ESTADOS NA TABELA ABAIXO:

Fonte: CFM. Atualização: até outubro de 2018

Fonte: CFM. Atualização: até outubro de 2018

Mesmo descontando-se dos novos inscritos o número de médicos que se tornaram inativos no período (por óbito, cancelamento de registro, etc.), o aumento efetivo da população médica continua alto, ficando em 77.716 profissionais. Sob esse prisma, os estados onde foi registrado maior aumento proporcional de médicos foram: Tocantins (38,7%), Mato Grosso (36,5%), Maranhão (33,6%), Piauí (33,3%) e Amapá (32,3%). Por sua vez, os estados com menor crescimento foram: Rio de Janeiro (8,9%), Rio Grande do Sul (14,8%), Alagoas (17,9%), São Paulo (19,6%) e Amazonas (20%).

No Tocantins (estado com maior aumento efetivo proporcional), a população médica apresentou índice de crescimento 7,4 vezes maior que o da população geral. No Rio de Janeiro (estado com menor aumento), o percentual de evolução da população médica foi quase o dobro do que o da população em geral.

Diante dessa evolução, o Conselho Federal de Medicina destaca que há no Brasil médicos regularmente inscritos em número superior à necessidade apresentada pelo Programa Mais Médicos. No entanto, na avaliação da autarquia há que considerar a urgência de fortalecimento da Atenção Básica, em especial nos municípios mais carentes, dotando-os de infraestrutura, insumos, medicamentos, equipes multiprofissionais em saúde e acesso a rede de referência para encaminhar casos mais graves, pois são questões primordiais para que o trabalho médico e, consequentemente, o atendimento à população se deem de modo ético dentro de com padrões técnicos adequados.

Presença de intercambistas cubanos é maior em municípios mais desenvolvidos e do litoral

A lógica de distribuição do Programa Mais Médicos (PMM) alocou a maioria dos intercambistas em faixas litorâneas e próximas aos centros mais desenvolvidos do Brasil. Não interferindo, portanto, na melhoria de acesso à saúde em localidades conhecidas pela existência de vazios assistenciais. Segundo informações oficiais analisadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), até o anúncio de rescisão do acordo, os cooperados cubanos representavam cerca de 52% da força de trabalho do PMM e estavam distribuídos em 2.533 municípios.

Fonte: OPAS/OMS Brasil. Atualização em 19/11/2018

Fonte: OPAS/OMS Brasil. Atualização em 19/11/2018

As informações disponíveis no Sistema Integrado de Informação Mais Médicos (SIMM) mostram que 45% dos cooperados cubanos estão em municípios do Sul e Sudeste, que, por sua vez, já concentram cerca de 70% dos médicos brasileiros ativos. No Sul, estão 15,9% dos cooperados; no Sudeste, há 28,9%. Os estados que concentram o maior número de cubanos são: São Paulo (16,6%), Bahia (9,8%), Rio Grande do Sul (7,4%), Minas Gerais (7,1%) e Pará (6,3%).

A proporção dos 8.233 cooperados em relação à população ativa dos médicos por Estado representa 1,8% desse universo. Eles são menos de 2% da população ativa de médicos de oito estados: Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Em outros 10 estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins), essa proporção fica entre 2,1% e 4% da população ativa de médicos brasileiros com CRM. Ao avaliar o porte populacional dos municípios que abrigam 8.233 intercambistas cubanos, percebe-se que a presença deles é proporcionalmente mais significativa nos municípios maiores. 

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Capitais e grandes centros – Do total de intercambistas cubanos, 13,9% estão baseados em municípios com população entre 5 mil e 10 mil habitantes; 43,4% ficam em localidade de 10 mil a 50 mil habitantes; 32,5% atuam em municípios de 50 mil a 500 mil habitantes; e 24% em municípios a partir de 500 mil habitantes. Ao se avaliar a lógica da distribuição em função dos índices de desenvolvimento humano, percebe-se que o grupo também está, em sua maioria (69%), nas cidades com IDHM médio, alto ou muito alto.

Dos 20 municípios com maior número desses profissionais, 15 ficam no estado de São Paulo. Apenas a capital paulista, Campinas, Limeira e Jacareí, por exemplo, concentravam quase 200 cubanos. Apenas uma cidade fica no Nordeste (Ceará) e um no Norte (Amazonas). Dentre esses municípios, que têm maior quantidade de cooperados, dois são capitais (São Paulo e Rio de Janeiro), com populações superiores a 6 milhões de pessoas. O maior grupo individual de intercambistas está na cidade de São Paulo (SP). O município do Rio de Janeiro fica em quarto lugar nesse ranking, com 39 profissionais.

Na análise desse grupo, constata-se que dois dos 20 municípios têm mais de 1 milhão de habitantes. Três apresentam populações entre 500 mil e 999 mil moradores. Seis cidades possuem entre 300 mil e 499 mil habitantes. Sete contam com população entre 100 mil e 299 mil pessoas e apenas duas cidades têm menos de 99 mil habitantes. As distâncias de 17 municípios das capitais de seus estados oscilam de 14 km a 168 km.

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