30 de Setembro de 2011 

 Duas inspeções foram realizadas, nesta quinta-feira (29), pela Promotoria de Defesa dos Direitos da Saúde de João Pessoa. A primeira aconteceu no Hospital Amip (Assistência Médica Infantil da Paraíba) que constatou a resolução de diversas irregularidades apontadas em fiscalização anterior. A segunda ocorre na Unidade de Saúde da Família Bairro das Indústrias III, onde também funciona o unidade do Cidade Verde II, onde foi constatada um situação precária. 

Segundo o promotor de Justiça João Geraldo Barbosa, as duas unidades não têm médico há dois anos. Nos consultórios médicos são prestados os serviços de enfermagem. Só existe um consultório odontológico para as duas unidades, sendo que as odontólogas, que não se encontravam no momento da inspeção, se revezam nos turnos da manhã e tarde para realizar os atendimentos. 

O prédio contem infiltrações, fiação exposta, gambiarra, sacos de lixo na entrada. Algumas portas não possuem trincos, além da presença de cupins. Os banheiros não continham papel toalha nem sabão.

 A fiscalização constatou aparelho de nebulização no chão do corredor por falta de local. As pessoas são atendidos em meio ao corredor. Existem dois autoclaves, sendo que um está quebrado e o outro é usado para esterilizar o instrumental da enfermagem e da odontologia, o que pode ocasionar infecção cruzada, de acordo com o promotor. 

O Conselho Regional de Farmácia constatou que todos os medicamentos são armazenados em armários fechados, apesar de o prédio ter sua ventilação comprometida. Foi encontrado o medicamento Enalapril (usado no tratamento de hipertensão) vencido desde janeiro deste ano. A geladeira de medicamentos continha alimentos como caixa de almôndegas, manteiga e mostarda. 

O Corpo de Bombeiros apontou ausência total de extintores, de iluminação de emergência e de proteção contra incêndio. O Crea detectou que a altura do balcão de atendimento é inadequadas, banheiros sem barras, barreiras arquitetônicas dificultando a acessibilidade.

 Amip 

No Amip, hospital privado que oferece quatro leitos de UTI conveniados com mo SUS, entre as irregularidades sanadas estão a instalação de ar-condicionado na farmácia e de corrimões. Uma UTI nova foi inaugurada com todos os equipamentos. “O Hospital apresenta bom aspecto de higienização e não há registro da superbactéria KPC. É louvável constatar que todos os pacientes ao chegarem são submetidos ao exame Swab anal e oral para identificação da KPC”, informou João Geraldo. 

O hospital está passando por reformar no setor administrativo. “A cozinha se encontra a contento, faltando apenas maior visibilidade para a a área onde fica a nutricionista”, complementou o promotor. 

O CRM informou que a área médica se encontrava de acordo com as regras. O CRF apontou falta de farmacêutico e de registro da farmácia no próprio conselho. Já o CRO identificou falta de odontólogo na beira dos leitos da UTI, conforme exigência de portaria do Ministério da Saúde. 

O promotor evidenciou que existem outras irregularidades pontuais que não comprometem os serviços da unidade hospitalar.

Fonte: Ascom MP

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