Mortalidade materna na PB reduz 25%
Rede Cegonha atende 36% das gestantes atendidas no SUS; 50 municípios do Estado recebem recursos
O Brasil registrou queda recorde nos números de mortes maternas em 2011, primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, o que representa queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por estas causas. Na Paraíba, os números revelam uma queda ainda maior: em 2011, foram registradas 18 mortes maternas, redução de 25% com relação a 2010, quando foram 24 vítimas fatais de complicações durante a gravidez, o parto ou no pós-parto.
Reduzir a mortalidade materna, aliás, é um dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse sentido, a Rede Cegonha, lançada em março do ano passado, já destinou investimentos federais R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê. Com pouco mais de um ano, a iniciativa já atende 36% das gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as melhorias, o avanço no acesso das mulheres às consultas de pré-natal – em 2011, mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram no mínimo sete consultas pré-natais.
Na Paraíba, 50 municípios já receberam recursos da Rede Cegonha, que serão utilizados na melhoria do atendimento nas consultas de pré-natal das gestantes. Os dados mais recentes da Paraíba, aliás, também são animadores, tendo em vista que, em 2010, 57,2 mil mulheres fizeram pré-natal. Destas, 59,8% tiveram, no mínimo, sete consultas nas redes pública e privada.
“Essa conquista é muito importante para o país, mas o desafio ainda existe. Nosso esforço é para impedir mortes maternas evitáveis, em parceria entre o governo federal, os Estados e os municípios. A Rede Cegonha é uma importante aliada da mulher, pois oferece cuidados integrais à saúde da mulher e da criança”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação dos dados, ontem, em videoconferência do Ministério da Saúde com as Secretarias Estaduais de Saúde.
O encontro, que ocorrerá periodicamente, permitirá melhor acompanhamento das avaliações do óbito materno e compartilhamento das ações de enfrentamento. “Esses encontros são importantes para analisar onde podemos reduzir mais os índices de mortalidade materna, identificando as gestantes de alto risco para realizarem um pré-natal precoce”, afirmou Padilha.
Exames e acompanhamento das crianças
A Rede Cegonha prevê e busca assegurar a expansão e qualificação de maternidades, leitos, Centros de Parto Normal, Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera, o direito ao acompanhante no parto, exames de pré-natal, planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os dois anos de idade, entre outras ações. Todos os Estados e o Distrito Federal já aderiram à Rede Cegonha.
Outra novidade é a distribuição – para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que realizam o pré-natal – do sonar, equipamento para auscultar ouvir e monitorar o coração do bebê ainda na barriga da mãe e verificar as condições físicas dele. Nos próximos meses serão entregues 19,3 mil nas regiões Norte e Nordeste.
A Rede Cegonha também auxilia as gestantes no deslocamento para as consultas de pré-natal. Até o momento, 1.291 gestantes estão cadastradas em 59 municípios de 11 Estados para receberam o auxílio de até R$ 50,00. “O objetivo é que esse recurso permita a gestante o seu deslocamento para a realização do pré-natal completo e o mais cedo possível, garantindo uma assistência completa à gestante”, destaca Padilha.
MS investiga os óbitos
A redução de 21% na mortalidade materna em 2011 é um marco histórico, que aprofunda vigorosamente a tendência registrada nos últimos anos – de 1990 a 2010, o indicador caiu à metade: de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. No período, houve diminuição em todas as causas diretas de mortalidade materna: hipertensão arterial (66,1%); hemorragia (69,2%); infecções pós-parto (60,3%); aborto (81,9%); e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou pós-parto (42,7%).
Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas e o Banco Mundial Organização das Nações Unidas (ONU), publicado neste mês de maio, também registrou a queda de 51% do número de óbitos maternos neste período no Brasil.
Em 2008, o Ministério da Saúde assumiu o gerenciamento das investigações das mortes de mulheres em idade fértil – entre 10 e 49 anos. Todos os casos são analisados por equipes de vigilância dos estados e dos municípios, e as informações repassadas ao órgão federal. A intenção é avaliar as causas e circunstâncias da morte e verificar se os casos foram gerados por complicações gestacionais.

Para melhorar o acesso, a cobertura e a qualidade da atenção à saúde materna, principalmente às gestantes de risco, a notificação está sendo aperfeiçoada com o novo Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna. Também está prevista a criação de comissões responsáveis por manter atualizadas as informações cadastrais de todas as gestantes atendidas pela referida unidade de saúde.

 O Brasil registrou queda recorde nos números de mortes maternas em 2011, primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, o que representa queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por estas causas. Na Paraíba, os números revelam uma queda ainda maior: em 2011, foram registradas 18 mortes maternas, redução de 25% com relação a 2010, quando foram 24 vítimas fatais de complicações durante a gravidez, o parto ou no pós-parto.

O Brasil registrou queda recorde nos números de mortes maternas em 2011, primeiro ano de funcionamento do programa Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. Entre janeiro e setembro do ano passado, foram contabilizados 1.038 óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto, o que representa queda de 21% em comparação ao mesmo período de 2010, quando 1.317 mulheres morreram por estas causas. Na Paraíba, os números revelam uma queda ainda maior: em 2011, foram registradas 18 mortes maternas, redução de 25% com relação a 2010, quando foram 24 vítimas fatais de complicações durante a gravidez, o parto ou no pós-parto.

Reduzir a mortalidade materna, aliás, é um dos Oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Nesse sentido, a Rede Cegonha, lançada em março do ano passado, já destinou investimentos federais R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê. Com pouco mais de um ano, a iniciativa já atende 36% das gestantes no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as melhorias, o avanço no acesso das mulheres às consultas de pré-natal – em 2011, mais de 1,7 milhão de mulheres fizeram no mínimo sete consultas pré-natais. 

Na Paraíba, 50 municípios já receberam recursos da Rede Cegonha, que serão utilizados na melhoria do atendimento nas consultas de pré-natal das gestantes. Os dados mais recentes da Paraíba, aliás, também são animadores, tendo em vista que, em 2010, 57,2 mil mulheres fizeram pré-natal. Destas, 59,8% tiveram, no mínimo, sete consultas nas redes pública e privada.

“Essa conquista é muito importante para o país, mas o desafio ainda existe. Nosso esforço é para impedir mortes maternas evitáveis, em parceria entre o governo federal, os Estados e os municípios. A Rede Cegonha é uma importante aliada da mulher, pois oferece cuidados integrais à saúde da mulher e da criança”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a apresentação dos dados, ontem, em videoconferência do Ministério da Saúde com as Secretarias Estaduais de Saúde.

O encontro, que ocorrerá periodicamente, permitirá melhor acompanhamento das avaliações do óbito materno e compartilhamento das ações de enfrentamento. “Esses encontros são importantes para analisar onde podemos reduzir mais os índices de mortalidade materna, identificando as gestantes de alto risco para realizarem um pré-natal precoce”, afirmou Padilha.

Exames e acompanhamento das crianças

A Rede Cegonha prevê e busca assegurar a expansão e qualificação de maternidades, leitos, Centros de Parto Normal, Casas da Gestante, do Bebê e Puérpera, o direito ao acompanhante no parto, exames de pré-natal, planejamento familiar, acompanhamento das crianças até os dois anos de idade, entre outras ações. Todos os Estados e o Distrito Federal já aderiram à Rede Cegonha.

Outra novidade é a distribuição – para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) que realizam o pré-natal – do sonar, equipamento para auscultar ouvir e monitorar o coração do bebê ainda na barriga da mãe e verificar as condições físicas dele. Nos próximos meses serão entregues 19,3 mil nas regiões Norte e Nordeste.

A Rede Cegonha também auxilia as gestantes no deslocamento para as consultas de pré-natal. Até o momento, 1.291 gestantes estão cadastradas em 59 municípios de 11 Estados para receberam o auxílio de até R$ 50,00. “O objetivo é que esse recurso permita a gestante o seu deslocamento para a realização do pré-natal completo e o mais cedo possível, garantindo uma assistência completa à gestante”, destaca Padilha.   

MS investiga os óbitos 

A redução de 21% na mortalidade materna em 2011 é um marco histórico, que aprofunda vigorosamente a tendência registrada nos últimos anos – de 1990 a 2010, o indicador caiu à metade: de 141 para 68 óbitos para cada 100 mil nascidos vivos. No período, houve diminuição em todas as causas diretas de mortalidade materna: hipertensão arterial (66,1%); hemorragia (69,2%); infecções pós-parto (60,3%); aborto (81,9%); e doenças do aparelho circulatório complicadas pela gravidez, parto ou pós-parto (42,7%).

Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Fundo de População das Nações Unidas e o Banco Mundial Organização das Nações Unidas (ONU), publicado neste mês de maio, também registrou a queda de 51% do número de óbitos maternos neste período no Brasil.

Em 2008, o Ministério da Saúde assumiu o gerenciamento das investigações das mortes de mulheres em idade fértil – entre 10 e 49 anos. Todos os casos são analisados por equipes de vigilância dos estados e dos municípios, e as informações repassadas ao órgão federal. A intenção é avaliar as causas e circunstâncias da morte e verificar se os casos foram gerados por complicações gestacionais.

Para melhorar o acesso, a cobertura e a qualidade da atenção à saúde materna, principalmente às gestantes de risco, a notificação está sendo aperfeiçoada com o novo Sistema Nacional de Cadastro, Vigilância e Acompanhamento da Gestante e Puérpera para Prevenção da Mortalidade Materna. Também está prevista a criação de comissões responsáveis por manter atualizadas as informações cadastrais de todas as gestantes atendidas pela referida unidade de saúde.

Fonte: Correio da Paraíba

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