Na próxima quinta-feira, 8 de fevereiro, será realizada a primeira reunião do grupo de trabalho criado pelo Ministério da Saúde para discutir a incorporação da vacina contra o HPV – vírus associado ao surgimento do câncer de colo do útero – no Sistema Único de Saúde (SUS). A idéia é auxiliar o Ministério da Saúde nas atividades voltadas para o planejamento, a implantação, o monitoramento e a avaliação da vacina no Brasil. Sob a coordenação do INCA, os participantes discutirão as possibilidades de utilização da vacina na população brasileira e abordarão alguns temas como a situação do controle do câncer de colo do útero no Brasil e a faixa etária ideal para aplicação da vacina. Para abrir o evento e iniciar as ações do grupo, a reunião contará com a presença dos secretários de Atenção à Saúde, José Gomes Temporão, de Vigilância à Saúde, Fabiano Pimenta, e de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Moisés Goldbaum, e do diretor-geral do INCA, Luiz Antonio Santini. A vacina contra o HPV foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) no fim de 2006. Os resultados aprovados são para a prevenção do HPV 16, o mais associado ao surgimento do câncer do colo uterino. Apesar da eficácia, os efeitos de erradicação da doença com a vacina só aparecem em longo prazo. O diretor do INCA enfatiza a importância da realização de exames preventivos. “As mulheres devem continuar fazendo exames de prevenção como o Papanicolaou, por exemplo. O acompanhamento médico regular é imprescindível. A vacina não tem efeito sobre quem já está contaminado pelo vírus”, explica Santini. Estudos no mundo comprovam que 50 a 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Uma das dificuldades enfrentadas no processo é o alto custo de produção da vacina. Hoje, o tratamento completo — que dura seis meses — custaria em média R$ 820,00. Segundo Santini, “o processo deve ser negociado com os laboratórios para que a incorporação ao SUS aconteça na melhor condição de custo-benefício”. Além disso, a definição da população-alvo para receber as doses da vacina e a imunidade oferecida também continuam indeterminadas. Santini explicou que a vacinação deveria proteger as mulheres por várias décadas, mas, até o momento, os estudos apontam que só existe a convicção de uma proteção por cinco anos. “Apesar de ser um avanço estratégico na saúde pública no combate ao HPV, ainda é preciso delimitar qual o alcance sobre a incidência e a mortalidade da doença”. Também participam do grupo representantes da FIOCRUZ e da Universidade de São Paulo (USP), entre outros. A responsável pela supervisão do grupo é a coordenadora da Prevenção e Vigilância do INCA, Gulnar Azevedo. Perguntas e respostas sobre a vacina O que é HPV? Os papilomavírus humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae, capazes de induzir lesões de pele ou mucosa. Existem mais de 200 subtipos diferentes de HPV. Entretanto, somente os subtipos de alto risco estão relacionados a tumores malignos. Leia mais aqui. Todos os tipos de papilomavírus podem se transformar em um tumor maligno? Não. Os tipos mais comumente associados às verrugas (HPV tipos 6 e 11), na sua grande maioria, não são os mesmos encontrados nos tumores malignos. Contra quais tipos de vírus HPV a vacina protege? Dentre as vacinas em desenvolvimento para prevenir a infecção por HPV, a única liberada para comercialização nos Estados Unidos previne contra os tipos 6 e 11, presentes em 90% dos casos de verrugas genitais, e contra os tipos 16 e 18, de alto risco de câncer do colo do útero e presentes em 70% dos casos. Primeira reunião do grupo de trabalho para discutir a incorporação da vacina contra o HPV Horário: 9h Local: Departamento de Vigilância Epidemiológica – Ed. Bussines Center Tower, SHS, Qd 06, Conj A, Bl. C, Sl. 2005, Brasília. Informações para a imprensa Divisão de Comunicação Social Instituto Nacional de Câncer Tel.: (21) 2506-6103 / 2506-6108 Fax: (21) 2242-2366 www.inca.gov.br

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