29 de setembro de 2011

Nestes sábado e domingo, 677 médicos, estrangeiros e brasileiros formados em 29 países, deverão participar da segunda etapa da prova de revalidação do diploma – o Revalida 2011, para que possam atuar no Brasil. Desses, 146 foram formados em Cuba, segundo a Assessoria de Imprensa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC). Nessa fase, o exame avaliará as habilidades clínicas dos candidatos em uma prova prática, que será aplicada pelo Inep, em Brasília (DF).

Após a aplicação das provas, o Inep encaminhará o resultado a cada universidade que tiver candidatos inscritos. No processo de revalidação de diplomas médicos deste ano, 37 instituições federais, estaduais e municipais de ensino superior aderiram ao exame e estão credenciadas para emitir o certificado. Segundo o Ministério da Educação, a previsão é que todo o processo seja concluído até dezembro. Na Paraíba, apenas a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) aderiram ao Revalida 2011 e podem emitir o certificado.

A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) não tem curso de graduação de Medicina e não poderá revalidar diplomas médicos. O Revalida, novo modelo de revalidação de diplomas, está sendo implantado no Brasil. Trata-se de um exame unificado que permitirá aos brasileiros que se formaram em instituições estrangeiras validarem seus diplomas com mais uniformidade e em até um ano.

A elaboração do novo modelo para a revalidação dos diplomas obtidos por estudantes em universidades estrangeiras teve início no ano passado, a partir de um projeto-piloto do qual participaram 25 universidades públicas. Fizeram parte do projeto 628 candidatos com diplomas oriundos de 32 países. As novas regras para a revalidação de diplomas médicos foram estabelecidas na Portaria Ministerial de 18 de março 2011.

O pró-reitor de Assistência e Promoção ao Estudante da UFPB, Severino Ramos de Lima, explicou que antes do Revalida, cada universidade abria o seu edital para a revalidação de diplomas médicos. O período e os preços da taxa de inscrição eram diferenciados (de R$ 150 a R$ 200). Depois, a inscrição passou a ser gratuita na UFPB.

“Havia o processo de inscrição, análise de documentos e depois tinham as provas teóricas e práticas. Se o candidato não fosse aprovado, era indicado para fazer uma complementação de estudo, dependendo das disciplinas que faltassem na formação dele. Esse processo durava em média seis meses. Ele podia fazer o complemento em qualquer universidade pública ou privada do Brasil”, informou o pró-reitor.

Na semana passada, o governador do Estado Ricardo Coutinho e a reitora da UEPB, Marlene Alves, visitaram a Escola Latino-Americana de Ciências Médicas, em Cuba. O reitor da universidade cubana, Juan Carlizo, informou, na ocasião, que há cerca de 300 médicos brasileiros formados em Cuba que ainda não conseguiram validar seus diplomas no Brasil.

O professor Severino Ramos ressaltou que todo médico formado no exterior tem que se submeter ao processo de revalidação do diploma. “Nenhum profissional pode exercer sem fazer essa prova, a não ser que haja acordos culturais entre países, assinados pelos presidentes, que permitam o intercâmbio de médicos”, esclareceu.

Segundo o Inep, na 1ª etapa do Revalida, foram realizadas provas objetivas e discursivas, no último dia 11, que caracterizaram a primeira etapa do exame.

Fonte: Correio da Paraíba

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