29 de agosto de 2011

Cerca de 40 médicos ortopedistas que atuam no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, renovaram ontem seus contratos com o hospital, administrado pela Cruz Vermelha. No início da semana, a Cooperativa de Ortopedia (Coort) ameaçou paralisar as atividades caso a Cruz Vermelha não demonstrasse transparência em sua gestão, com quase dois meses. A categoria decidiu pela continuidade das atividades em assembleia ocorrida anteontem. O contrato dos ortopedistas com o Hospital de Trauma já venceria na próxima segunda-feira, 29.

De acordo com o ex-presidente da Coort o médico João Bartolomeu Rabelo, a ameaça da paralisação das atividades aconteceu em função da insatisfação dos ortopedistas do hospital com relação à  falta de informações sobre a Cruz Vermelha. Segundo ele, a falta de comunicação da direção com os cooperativados e os boatos de que a instituição não teria idoneidade, estaria prejudicando a relação dentro do Trauma. “Não tínhamos nenhuma informação sobre a administração e muito menos sobre o teor do contrato firmado entre a Cruz Vermelha e o governo do Estado”, disse.

Em assembleia nesta quarta- feira, conforme explicou o médico cooperativado, os ortopedistas tiveram acesso às informações de que necessitavam e decidiram “dar um voto de confiança à instituição”. “Se não fizermos isso, não temos como saber se a Cruz Vermelha é realmente confiável e está livre das acusações que fazem à ela”, observou. Além disso, João Bartolomeu destacou que os ortopedistas também pensaram na população que precisa dos serviços do Trauma.

João informou que 62,6% dos serviços do Hospital de Trauma corresponde a procedimentos de traumatologia. “Somos mais da metade do serviço do hospital. Como a população ficaria se nós parássemos as atividades”, disse.

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Trauma, das sete cooperativas médicas que prestam serviço na unidade, outras cinco já sinalizaram, a intenção de renovar seus contratos de prestação de serviço com a unidade, entre elas, a Cooperativa de Cirurgiões (Coopecir), Cooperativa de Anestesiologia (Coopanest), Cooperativa de Pediatria (Cooped) e Cooperativa de Intensivistas (Coomit). A maioria dos contratos com as cooperativas médicas, segundo informações divulgadas pela assessoria de imprensa do Trauma, tem a duração de seis meses e todos serão negociados e renovados, caso haja interesse.

Fonte: Juliana Lichacovski (Jornal da Paraíba)

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