O CRM-PB e a Central de Transplantes da Secretaria de Saúde do Estado da Paraíba, com o apoio da Cátedra de Bioética da UNESCO, realizaram, no último sábado (2), a 1ª Capacitação para Determinação da Morte Encefálica. O evento reuniu médicos intensivistas da capital na sede do CRM. No próximo sábado (9), o curso será realizado também em Campina Grande.

O curso detalhou as orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução 2.173 publicado no ano passado, que tornou obrigatório o início dos procedimentos para determinação de morte encefálica para todos os pacientes que apresentem coma não perceptivo, ausência de reatividade supraespinhal e apneia persistente e que atendam pré-requisitos determinados. Esses procedimentos devem ser realizados por dois médicos diferentes, especificamente capacitados para determinação de morte encefálica.

“Diante desta nova resolução, havia a necessidade de realizar uma capacitação de médicos intensivistas, principalmente porque vai influenciar diretamente na captação de órgãos. Certamente, com um maior número de profissionais capacitados e envolvidos na determinação da morte encefálica, a captação de órgãos vai ser mais eficiente e, consequentemente, as filas para transplantes minimizadas”, disse o presidente no CRM-PB, João Medeiros.

Antes da resolução, alguns critérios deixavam dúvidas quanto ao início de um processo de diagnóstico de morte encefálica. O curso apresenta e cumpre os novos critérios e, dessa forma, os médicos terão segurança para abrir um protocolo para a determinação de morte encefálica.

“Os alunos presentes nos cursos são médicos que já têm experiência com pacientes críticos e são profissionais que lidam diretamente com possíveis mortes encefálicas. Eles têm que saber identificar esse paciente para que se conclua a morte e, quando concluída, o corpo deve ser entregue aos parentes e a família tem a opção de ser ou não doadora de órgãos”, explicou a diretora da Central de Transplantes da Paraíba, Gyanna Lys Montenegro.

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