Mais de 1,5 mil médicos de planos e seguros de saúde da Paraíba vão paralisar as atividades por dez dias, a partir desta segunda-feira, com o objetivo de conseguir reajuste nos preços das consultas, até o patamar de R$ 80. Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos (Simed), Tarcísio Campos, entre os planos estão Hapvida, Norclínica, Amil, Geap, Sulamérica e Bradesco. Entretanto, os que têm adesão a grandes planos como Unimed e Geap não serão atingidos, pois estes já estão em negociação com os profissionais.

A decisão sobre a adesão dos paraibanos ao movimento nacional de mobilização contra os planos de saúde foi tomada em assembleia geral realizada na no último dia 10, na sede da AMPB (Associação Médica da Paraíba), em João Pessoa e contou com a participação de dezenas de profissionais e dirigentes, como o presidente do Simed-PB Tarcísio Campos, Wilberto Trigueiro, representando o Conselho Regional de Medicina e Otávio Lopes representando a AMPB, além de representantes de cinco sociedades de especialidades.

O presidente do Simed-PB, Tarcísio Campos, informou que foi enviado, no dia dois de outubro, ao Ministério da Saúde, comunicado formal sobre a realização de um grande protesto organizado pelos médicos contra as empresas que operam no setor da saúde suplementar. Juntamente com o ofício enviado às autoridades, os médicos entregaram cópia da carta que será encaminhada às operadoras.

No documento, os profissionais ressaltam que o protesto exprime a preocupação dos médicos com os riscos de desassistência gerados pelas operadoras de planos de saúde ao recusarem o diálogo e estagnarem os entendimentos entre os profissionais e as operadoras.

“Os médicos têm, sucessivamente, apontado situações que desrespeitam pacientes e profissionais em seus direitos”, informa o ofício assinado pelos presidentes da Associação Médica Brasileira (AMB), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Federação Nacional dos Médicos (FENAM).

O documento destaca ainda alguns números sobre o setor. No Brasil, o mercado de planos de saúde cresce cerca de 5% ao ano, o que garante grande faturamento às operadoras (cuja receita em 2011 foi de R$ 82,4 bilhões), sem suficiente contrapartida em termos de valorização do trabalho médico e na oferta de cobertura às demandas dos pacientes. Atualmente, segundo o Simed-PB, a consulta é paga na faixa entre R$ 42 e R$ 62.

Por cada dia parado, deixarão de ser feitas, em média, quatro mil consultas, 10 mil exames clínicos e 60 procedimentos cirúrgicos, conforme estimativa do presidente do Sindicato dos Médicos (Simed), Tarcísio Campos. Entretanto, garantidos os atendimentos de urgência e emergência assim como, as cirurgias que não possam ser remarcadas para o período de paralisação.

Programação

Na programação do movimento consta no dia 18 de outubro, dia do médico, a realização de uma coletiva de imprensa, a partir das 08h na sede da AMPB, com a participação de todas as sociedades de especialidades, com objetivo de prestar esclarecimentos e fazer um balanço da mobilização.

Será enviado ofício das três entidades Simed-PB, CRM-PB e AMPB à Unimed-JP, solicitando uma audiência com objetivo de expor a insatisfação dos médicos em relação aos valores atualmente pagos por esta cooperativa aos seus cooperados médicos. O movimento também vai solicitar uma reunião com grupo de planos de saúde, Unidas.

Fonte: Correio da Paraíba

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