Rio de Janeiro, 21/08/2007 – “Os médicos de Alagoas e da Paraíba não estão lutando apenas por reajuste nos seus salários, mas também por condições dignas de trabalho e de atendimento à população”. Quem afirma é o presidente da Federação Nacional dos Médicos (FENAM), Eduardo Santana. Segundo ele, há uma grande preocupação não só com a situação dos médicos, mas com condições de atendimento que são oferecidas aos usuários do sistema público de saúde. “O que defendemos é a boa assistência à saúde e os médicos não vão ser cúmplices de uma assistência que coloca em risco a vida da população”, acentuou Santana. No caso de Alagoas, além de melhores condições de trabalho para que possam atender com dignidade a população, os médicos reivindicam reajuste de 50%, referente à defasagem dos últimos oito anos, o que elevaria o menor salário da categoria para R$ 1,5 mil. O governador Teotônio Vilela Filho diz que só pode oferecer 5% de aumento, sob pena de desrespeitar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Vilela, no entanto, admitiu que os médicos recebem muito mal, mas, segundo ele, a situação do estado não permite que se dê mais do que o governo oferece. Campanha A preocupação com a situação de médicos e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), por conta do agravamento da crise no setor, em especial no Nordeste e Centro-Oeste, levou a Federação Nacional dos Médicos, que representa 320 mil profissionais de medicina, distribuídos em 54 sindicatos, a criar uma campanha nacional pela valorização do trabalho médico. O objetivo é evitar que a crise se estenda a outros estados e atinja todo território nacional, comprometendo ainda mais o atendimento ao usuário. O presidente da Fenam, Eduardo Santana, informou que o primeiro passo da campanha é pressionar o Congresso Nacional e os governos, em todos os níveis, para resgatar a saúde pública de qualidade e o respeito ao médico, a fim de que a categoria possa ter condições de trabalho e, assim, garantir um atendimento de qualidade à população. Os dirigentes da Fenam criticam ainda a falta de comprometimento dos governos com a regulamentação da Emenda Constitucional 29, que determina a aplicação de um percentual mínimo para a saúde pela União, pelos estados e municípios. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, convocou o presidente da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), Eduardo Santana, para uma reunião, na próxima quinta-feira (23/08), em Brasília, a fim de tentar encontrar uma solução para a greve e as demissões coletivas dos médicos da rede estadual de saúde. Os presidentes do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, e da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral, também foram chamados para o encontro. Federação Nacional dos Médicos Assessoria de Imprensa

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