O curso de Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) será transformado no Centro de Ciências Médicas (CCM), com o desmembramento do curso do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e levará aproximadamente R$ 300 mil por ano do orçamento do CCS (um terço da sua dotação orçamentária), que recebe por ano em torno de R$ 840 mil do governo federal para custeio dos sete cursos. A mudança foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni) e implicará o desmembramento das instalações físicas, professores, servidores e alunos, além da dotação orçamentária própria. O pró-reitor de Administração e Planejamento da UFPB, Marcelo de Figueiredo Lopes, explicou que o novo Centro de Ciências Médicas representa em torno de 35% no coeficiente de distribuição dos recursos federais destinados ao CCS, que abriga atualmente sete cursos – Fisioterapia, Educação Física, Farmácia, Odontologia, Nutrição, Enfermagem e Medicina – além de outros dois cursos em processo de criação (Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional), que têm previsão para implantação em 2009, através do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais do Ministério da Saúde (Reuni). Além dos R$ 300 mil por ano para o custeio do CCM, o centro terá ainda R$ 250 mil por ano para investimentos oriundos do orçamento próprio da UFPB, segundo o professor Marcelo Lopes. A UFPB poderá também recorrer ao Reuni para conseguir os recursos necessários para o investimento nas instalações físicas do CCM, como laboratórios e contratação de pessoal, dentre outras coisas. A implantação do CCM agora está nas mãos do reitor Rômulo Polari. Marcelo Lopes informou que a implantação do CCM se dará com a escolha de uma direção pro tempore (diretor e vice-diretor), em acordo com o CCS e com o Hospital Universitário Lauro Wanderley, que abriga em suas dependências boa parte do curso de Medicina. De imediato o CCM continuará a funcionar nas dependências do CCS, até que sejam construídas as instalações próprias do centro. A comissão responsável pelo projeto de criação do CCM propõe um cronograma de implantação até 2008. A diretora do CCS, Margarete Formiga Melo Diniz, disse que a criação do CCM dará autonomia para o próprio centro gerenciar seus recursos orçamentários, a exemplo de outras experiências na universidade, como o CCJ, que abriga apenas o curso de Direito. “Como é que a gente recebe igual a outros centros, que só têm um curso, se a estrutura física do CCS é quase a metade da UFPB?”, questionou Margarete. O CCS tem aproximadamente 3 mil alunos, dos quais 600 pertencem ao curso de Medicina, com cerca de 80 estudantes residentes e 150 professores. A Reitoria está programando este ano investimentos na ordem de R$ 1 milhão no CCS. “Alguns projetos já estão em execução, como a construção da Clínica-Escola de Fisioterapia, com investimentos de quase trezentos mil, que atenderá toda a Grande João Pessoa”, informou o pró-reitor Marcelo Lopes. O desmembramento do curso de Medicina em CCM, que já vem sendo discutido desde 2002 e cuja comissão foi designada em 2005, também beneficiará o âmbito acadêmico e curricular do curso. Segundo Marcelo Lopes, em maio deste ano o Consepe aprovou um novo Projeto Político Pedagógico (PPP) que será adotado pelo CCM para aperfeiçoar o ensino. Outros cursos também têm planos de desmembramento. O Departamento de Comunicação, Artes e Turismo (Decomtur) quer se separar do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), mas ainda não há um projeto formal. Marcelo Lopes informou que a Reitoria está fazendo investimentos na estrutura física do Departamento de Comunicação, Artes e Turismo na ordem de R$ 1,3 milhão, com a construção de novo prédio administrativo e reforma de três galpões de aulas. A previsão para a conclusão do primeiro galpão vai de 60 a 90 dias. 20% dos classificados para Medicina na UFCG são da PB Apenas 20% dos candidatos aprovados no curso de Medicina da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), instalado recentemente em Cajazeiras, são paraibanos. Esse percentual, segundo o presidente da Comprov (Comissão de Processos Vestibulares), professor Marcos Gama, equivale a 8 dos 40 aprovados para o curso, que teve mais de 3.200 inscritos. As outras 32 vagas foram preenchidas por candidatos de outros Estados, sendo maioria do Nordeste. O Ceará, um dos mais próximos do Sertão paraibano, foi um dos que mais contribuíram para a ocupação das vagas no novo curso da UFCG, que também teve vagas conquistadas por alunos do Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Bahia, Sergipe e outros. Gama avalia o número de classificados paraibanos como baixo, mas lembra que a quantidade de inscrições foi proporcional ao número de classificados, ou seja, dos mais de 3.600 inscritos, pouco mais de 700 comprovaram ser da Paraíba. Isso quer dizer que mais de 2.800 candidatos foram de outros Estados. O desempenho dos candidatos paraibanos foi superado pelos concorrentes de outros Estados especialmente na prova de Redação, segundo argumentou Gama. De acordo com ele, a qualidade da produção textual dos candidatos de fora foi considerada muito melhor na avaliação da equipe responsável pela correção das provas. Mesmo os alunos da rede privada do Estado tiveram rendimento inferior nesse quesito em comparação aos concorrentes de outros Estados. Mas a aprovação de candidatos não paraibanos no Vestibular Especial da UFCG não se restringiu apenas ao curso de Medicina. Os outros quatro cursos colocados à disposição do público (Enfermagem, Farmácia, Engenharia Ambiental e Engenharia de Alimentos), distribuídos pelos campi de Cajazeiras, Cuité e Pombal, também registraram número alto de inscritos de outros Estados, a exemplo do que acontece sempre nos demais cursos da instituição em cada vestibular realizado. Por conta desse detalhe, a Comprov acredita que o percentual de aprovação nesse concurso não pode ser considerado um caso especial. No geral, 200 vagas foram oferecidas pela instituição para os cinco novos cursos, sendo 40 para cada um.

Spotify Flickr Facebook Youtube Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.