O Instituto Nacional de Câncer (INCA) e a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) assinaram nesta segunda-feira, 24/4, um acordo que garante R$ 4,7 milhões para investir em pesquisa oncológica. O valor será aplicado no desenvolvimento de 24 projetos de pesquisa. O objetivo é aumentar o parque tecnológico das duas instituições, avançar no conhecimento científico oncológico e fortalecer a formação de recursos humanos nesta área. Os projetos serão financiados pelas Secretarias de Atenção à Saúde (SAS) e de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE), ambas do Ministério da Saúde. As pesquisas serão divididas em cinco redes principais. A ênfase recairá sobre os cânceres de mama, de colo do útero, colo-retal e urológico (próstata, bexiga e pênis); as leucemias e linfomas; a infecção em câncer, e a prevenção do câncer de pulmão. A coordenação será compartilhada por pesquisadores do INCA e da FIOCRUZ. Os estudos envolverão alunos das duas instituições. “O acordo é um indicador de sucesso”, comemora Paulo Buss, presidente da FIOCRUZ. “É o caminho para a construção de uma política brasileira de ciência e tecnologia”, confirma Moises Goldbaum, secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. As redes de pesquisa vão, entre outras ações, avaliar a situação da rede de atenção oncológica; contribuir para a implementação de ações de diagnóstico e tratamento com melhor relação custo-benefício; desenvolver técnicas para tratamento mais seguro e que garanta maior sobrevida aos pacientes; identificar fatores de risco genéticos e ambientais que possam contribuir para o surgimento de câncer. Quase um terço dos recursos, R$ 1,4 milhões, serão investidos em equipamentos de grande porte. Somente no INCA, estão previstas as instalações de um microscópio confocal, utilizado no estudo da adesão de células cancerosas e sua capacidade para fazer metástase, e de um eletro-spray, que faz um mapeamento protéico, isto é, auxilia na identificação de determinadas proteínas (proteomas) que são específicas em alguns tumores. Os dois equipamentos são novidades no estado do Rio de Janeiro. Todo esse aparato tecnológico tem razão de ser. Com o aumento da expectativa de vida em todo o mundo, o câncer tornou-se um problema grave. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 10 milhões de novos casos de câncer são diagnosticados a cada ano. “Hoje, a atuação se concentra na assistência em fases tardias da doença. É imperiosa a necessidade de diagnóstico precoce e detecção. A pesquisa é estratégica nesse processo”, afirma o diretor geral do INCA. A cooperação entre as duas instituições também é mais um passo no estabelecimento da Rede de Atenção Oncológica para o controle do câncer, prevista pela Política Nacional de Controle do Câncer lançada em novembro de 2005 e que tem como pilares, além da pesquisa, a prevenção, a capacitação, a gestão, a informação e a comunicação. Marisa Dreyer, coordenadora de Pesquisa do INCA informa que os projetos receberão avaliações periódicas. A primeira delas no final de 2006. “Esperamos que, daqui a um ano, possamos anunciar bons resultados”, acredita a coordenadora. Fonte: http://www.inca.gov.br/releases/press_release_view.asp?ID=1125

Spotify Flickr Facebook Youtube Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.