Num período de 12 anos, 3.983 pessoas morreram na Paraíba por infecção generalizada ou septicemia, o que representa aproximadamente 332 óbitos por ano, segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Este ano, o número no Estado já chega a 44. No Brasil, 48,7% dos pacientes que apresentam esse tipo de infecção e 65,5% que têm choque séptico vão ao óbito nas Unidades de Terapias Intensivas (UTIs). Para alertar os índices, qualificar os médicos e padronizar o tratamento, especialistas realizam de amanhã até sábado, o III Congresso Luso-Brasileiro, que acontece no Hotel Tambaú, em João Pessoa.

O presidente do Congresso e chefe médico da UTI Adulto do Hospital Universitário da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ciro Leite Mendes, comentou que uma das temáticas do evento é a sepse em UTIs, considerada uma resposta do organismo a uma determinada infecção. Ele destaca que pacientes com imunidade baixa, idosos, pessoas em tratamento na Terapia Intensiva ou com doenças, a exemplo do câncer, têm maiores possibilidades de desenvolver a doença chegar ao óbito. “Se uma pessoa da terceira idade tem a mesma doença de um jovem de 25 anos, o idoso tem mais chances de morrer”, comentou.

Para prevenir infecções, os especialistas orientam que as pessoas lavem as mãos com água e sabão e posteriormente o álcool em gel, antes de entrar e depois de sair das unidades de saúde. Ainda de acordo com Ciro Leite Mendes, o diagnóstico precoce com a adoção de antibióticos e a aplicação de um conjunto de condutas a ser adotado no momento que o paciente é internado, que será chamado de “pacote seis horas”, que está no protocolo de atendimento, ajudam a diminuir a mortalidade.

Outro problema é que nas universidades ainda não disponibiliza a terapia intensiva na grade curricular e para isso, os médicos precisam passar por qualificar para atuar na área. Além disso, os dados mundiais sobre morte por sepse e choque séptico, 23,9% a 37,4%, respectivamente, são alarmantes porque no Brasil, a média é 48,7%. Esses e outros assuntos serão abordados no III Congresso Luso Brasileiro que começa amanhã e termina no sábado.

Fonte: Correio da Paraíba

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