14 de novembro de 2011 

A Promotoria da Saúde de João Pessoa reinspecionou o Prontocor e a Unidade Básica de Saúde no Castelo Branco III e constatou mais uma vez uma série de irregularidades: Infiltração nas paredes, extintores de incêndio vencido, medicamentos mal acondicionados, enfermarias com mofo, péssima acessibilidade e número insuficiente de profissionais de enfermagem, odontólogos de beira de leito e médicos.

Em fevereiro deste ano a Promotoria da Saúde já havai visitado o Prontocor. Participaram da reinspeção todos os órgãos de classe ligados à saúde, a exceção da Agência de Vigilância Sanitária, que não tem comparecido a nenhuma das inspeções.

No Prontocor existem 73 leitos, entretanto, só 63 têm capacidade de funcionamento, porque 10 estão interditados. Segundo o promotor da Saúde de João Pessoa, João Geraldo Barbosa, no momento da inspeção apenas 29 leitos estavam ocupados, sendo 20 por pacientes de clínica médica, um em obevação e oito na UTI.

“O Hospital é privado e tem convênio com o SUS. Mas está funcionando totalmente com o SUS.

Alguns servidores declinaram denúncias com relação a salários atrasados e da situação caótica do hospital. Uma acompanhante da paciente Maria dos Anjos denunciou a falta do medicamento para o estômago Ranitinina, para ser ministrado à sua mãe na rotina nescessária. No setor de Farmácia, foi constatada a presença de um famacêutico, no entanto ele não possui registro no Conselho Regional de Farmácia, o que não é permitido e não havia psicólogo”, relatou o promotor da Saúde.

O Conselho de Serviço Social constatou indício de exercício ilegal de profissão, pois a assistente social que lá se encontrava declarou que tinha concluído o curso, mas não fez registro junto ao Cress.

No Hospital existem dois blocos cirúrgicos sem funcionar há mais de três anos, embora tenha os equipamentos necessários. O corpo de Bombeiros constatou que todos os extintores de incêndio se estavam vencidos, que lá não existe sistema de para raios e nem sistema de iluminação visual de alarme e iluminação de emergência. Na casa de máquinas e no arquivo morto não havia extintor de incêndio.

O Conselho Regional de Odontologia constatou que não existia odontólogo de beira de leito. Embora a portaria do Ministério da Saúde exija, inclusive, por lá existir UTI em funcionamento.

O Conselho Regional de Engenharia e Aquitetura constatou a presença de fiação exposta, viga quebrada, acesso aos apartamentos e rampa sem corrimões e que no hospital não havia PPRA, ou seja, o programa de riscos ambientais. Constatou ainda a presença de várias infiltrações.

O Prontocor conta com um sistema terceirizado de hemodiálise, Unicrim. “Podemos constatar que estava em perfeito funcionamento e onze máquinas ocupadas. E o diretor do serviço, o doutor Marcelo Barbosa Leite informou que existem 15 máquinas, só que quatro estão no depósito porque não havia como instalar todas”, relatou o promotor.

Várias enfermarias do hospital se encontravam vazias e as que tinham TV e ventilador eram trazidos pelos próprios internos. Algumas enfermarias tinham mofo.

O Conselho Regional de Enfermagem constatou mais uma vez a deficiência de profissionais de enfermagem e de técnicos e também o Conselho Regional de Medicina fez restrições de número de médicos e funcionamento da escala de plantão.

 

UBS Castelo Branco III

Com relação a Unidade Básica de Saúde do Castelo Branco III, a inspeção constatou que unidade fica embaixo de um salão de beleza. Está localizado em uma casa inadequada para os fins que se propõe. A Farmácia se localiza no corredor, os remédios são armazenados sem ventilação, em armário fechado de aço com cadeado.

Não tinha apoiador no momento da visita. Foi constatado que haviam todas as vacinas. A sala de enfermagem é um verdadeiro caos, sendo constatada a presença de mofo, e ninguém conseguiu ficar dentro dela.

“O consultório Odontológico fica em espaço minúsculos, inadequado, onde tinha um autoclave que servia para as duas funções. Tanto para a esterilização dos instrumentais odontológicos e dos de enfermagem, o que pode resultar em uma infecção cruzada. A única pia que existe no Gabinete Odontológico para lavar as mãos e os instrumentais odontológicos. A cadeira estava com um vazamento de óleo”.

Fonte: WSCOM

 

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