Os indicadores da febre hemorrágica da dengue (FHD) no Brasil apresentaram tendência de redução no primeiro semestre de 2006, se comparados com o mesmo período do ano passado. A informação foi dada, na tarde de hoje (13), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, pelo secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Entre janeiro e junho de 2006, as secretarias estaduais e municipais de Saúde notificaram 278 casos de FHD, com 23 óbitos. No período analisado, a letalidade foi de 8,27%. Em 2005, foram notificados 463 casos, com 45 óbitos e letalidade de 9,72%. A FHD é um quadro grave da doença que pode, inclusive, ser fatal. “Desde que a dengue foi reintroduzida no Brasil não houve nenhum ano em que não tenha ocorrido transmissão intensa durante o verão”, lembra Jarbas. O secretário explica que os surtos geralmente aparecem em virtude do aparecimento de novos sorotipos. “A dengue dá imunidade de soro específico”, afirma Jarbas Barbosa. No país, há, até o momento, três tipos, Den 1, 2 e 3. O Ceará é o estado que apresenta maior número de casos de FHD (84) e o Espírito Santo tem a letalidade mais elevada (26,1%), com 15 casos de FHD e seis óbitos. Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Pará, Paraíba, Roraima e Sergipe não notificaram casos de FHD até o momento. Epidemias de grandes proporções, como a que houve em 2002, que registrou 800 mil casos e 150 óbitos, não ocorreram em 2006, principalmente em razão da continuidade das ações de controle, acompanhadas de atividades específicas realizadas antecedendo o verão 2005/2006. Dentre essas ações, destacam-se o Dia D contra a Dengue – 19 de novembro – e o Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). De janeiro a junho de 2006, foram notificados 198.922 casos de dengue, sendo que 12 estados apresentaram aumento no número de casos (Pernambuco, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás), além do Distrito Federal. Em decorrência do constante monitoramento da situação epidemiológica da dengue, foram realizados vários esforços para garantir a continuidade das ações de controle e intensificá-las em municípios com transmissão mais intensa, além da preparação e planejamento de estratégias para garantir um verão 2006/2007 sem epidemias de dengue. Entre essas estratégias temos: – acompanhamento e assessoria técnica aos estados e municípios; – reuniões macrorregionais com estados e municípios prioritários do Sudeste e Norte, em março, no Rio de Janeiro e Belém; – reunião com os secretários estaduais de Saúde e secretários de Saúde das capitais do Nordeste, em junho; – reuniões estaduais de acompanhamento e avaliação no Ceará (março), Amapá (maio), Bahia e São Paulo (junho); – fornecimento de equipamentos para aplicação de inseticidas a ultra baixo volume da reserva estratégica para os estados de Ceará, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo; – aporte adicional de inseticidas para os estados de Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia e Ceará; – elaboração de Plano de Intensificação (SVS, SES/CE e SMS) para o controle da dengue em Fortaleza; – confecção adicional de 1,89 milhão de folhetos com listas de checagem; – realização de telemarketing em Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, com 92% de ligações completadas; – confecção e distribuição de 250 mil exemplares do guia de manejo clínico; – distribuição de 28 mil cartões de acompanhamento do paciente; – reuniões estaduais de acompanhamento e avaliação; – organização e planejamento das atividades para realização do Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) em outubro e novembro de 2006; – organização e planejamento para a realização do Dia D de Mobilização Contra a Dengue em novembro de 2006; – intensificação no processo de supervisão das atividades de controle do vetor nos municípios; – elaboração ou atualização dos planos de contingência estaduais e municipais, para uma atenção oportuna e adequada aos pacientes com dengue; – repasse de cerca de R$ 2,8 milhões para a capacitação de pessoal de estados e municípios, principalmente para profissionais de saúde, no que se refere à assistência ao paciente. Fonte: Saude.gov.br (Portal Saúde)

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