31 de agosto de 2011

Desde o início deste ano, o Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), em João Pessoa, deixa de realizar, por semana, uma média de 60 cirurgias de alta complexidade. O motivo é a redução de 50% do funcionamento das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) pós-operatório. Dos 12 leitos existentes, só seis estão recebendo pacientes. O resto foi desativado por falta de funcionários especializados no atendimento de UTI.

Segundo o chefe da Divisão de Cirurgias do HU, Geraldo Almeida, a falta de profissionais capacitados para trabalhar em atendimento intensivo é um problema que vem ocorrendo há muito tempo, mas que se agravou no começo deste ano por causa da retirada de funcionários do Governo do Estado das dependências do HU.

O médico explica que a instituição hospitalar contava com equipe de profissionais de saúde que eram servidores do Estado e que tinham sido cedidos para atuarem no HU. No entanto, a atual administração da Paraíba determinou que os funcionários retornassem a seus cargos de origem e deixassem os trabalhos no hospital universitário.

“O HU já sofre com a falta de mão de obra há muito tempo, porque o governo federal não  realiza concurso. O Governo do Estado fez uma contrapartida, que foi retirada. Acredito que, pelo menos, 50 servidores tenham saído do HU, a maioria era enfermeiros e técnicos em enfermagem. Sem eles, as seis UTIs não tiveram condições de funcionar e foram desativadas”, destaca Geraldo.

O HU realiza cirurgias de alta complexidade em 14 especialidades, a exemplo de cardiologia, tórax, cabeça e pescoço e aparelho digestivo. Por semana, são realizadas uma média de 60 operações no local, mas esse número seria o dobro, se as 12 UTIs estivessem funcionando.

Com a redução, aumenta o número de pacientes que aguardam o procedimento. Só à espera da cirurgia bariátrica, por exemplo, existem 50 pessoas. “São pessoas com obesidade mórbida, que correm risco de morte se não realizarem a cirurgia. Mas, devido a essa redução, temos que priorizar outros tipos de cirurgias, como aquelas em pacientes que têm câncer”, declarou Geraldo Almeida.

 Fonte: Jornal da Paraíba

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