Unidade hospitalar da Universidade Federal da Paraíba inicia a partir de fevereiro operação para redução de estômago – doze pacientes já estão inscritos. O novo procedimento faz parte de uma série de serviços e mudanças pelas quais o HU está passando. Em 180 dias um novo andar para internação deverá ser entregue à população. O Hospital Universitário \”Lauro Wanderley\” da Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa, vai iniciar, em fevereiro, a realização de cirurgia bariátrica, que consiste na redução do estômago. Doze pacientes obesos já aguardam na lista de espera para se submeterem a esse tipo de procedimento. O HU também começará no próximo mês cirurgias de duodeno, através do Vídeoduodenoscópio, para retirada de cálculos, sendo o primeiro hospital público, na Paraíba, a fazer essas operações. E, ainda neste primeiro semestre, iniciar cirurgias cardíacas. Para tanto, foram investidos R$ 2,2 milhões em equipamentos, alguns ainda por chegar. Além disso, será investido mais de R$ 1 milhão na conclusão do sétimo e último andar do Hospital, cujas obras devem ter início na próxima semana, com previsão de terminar em 180 dias, o que vai propiciar o aumento no número de atendimento e de internação. O superintendente do HU, João Flávio Paiva, que prestou, ontem, essas informações, disse que deverá ser feita uma cirurgia bariátrica por semana. \”A razão deve-se ao fato de ser uma cirurgia de alta complexidade, já que, depois da operação, cada paciente – que nada vai pagar, pois será através do SUS – precisará receber toda assistência necessária, antes de voltar para casa. Ou seja, ele será atendido por uma equipe multidisciplinar, composta por endocrinologista, nutricionista e psicólogo. Para permitir esse tipo de cirurgia, o Hospital Universitário investiu na aquisição de uma mesa de operação especial para suportar um paciente obeso, como também na adaptação de um ambulatório com outra mesa capaz de sustentar uma pessoa com até 300 quilos de peso, e de uma enfermaria com leito especial e um banheiro contando, inclusive, com um vaso sanitário apropriado para agüentar o assento do paciente. \”Esses pacientes não vão se submeter a cirurgias bariátricas por questão de vaidade, mas por conta de problemas que costumam padecer, em conseqüência da obesidade, como artrose nos joelhos, pressão alta e sem controle, que precisam ser atendidos\”, afirmou João Flávio. Com relação às cirurgias com o Vídeoduodenoscópio, o superintendente do HU anunciou que elas iniciam também a partir de fevereiro, com o objetivo de atender a quem necessitar. Segundo ele, através desse equipamento, o médico poderá alcançar a pedra que esteja alojada no paciente e retirá-la, com a ajuda de um cesto, sem a necessidade de abrir o corpo da pessoa. E, quanto às cirurgias cardíacas, a intenção é começar ainda neste primeiro semestre, realizando 15 operações por mês. João Flávio acrescentou que, com referência às obras de conclusão do sétimo andar do HU, a empresa já foi escolhida por licitação e os trabalhos devem iniciar na próxima semana. Com a conclusão desse serviço, ele estimou que serão mais 70 leitos a serem disponibilizados para a realização de operações de alta complexidade, como as cardíacas, bariátricas, neuro-cirúrgicas e, futuramente, de transplantes de rins, coração e rins. De acordo com o superintendente do HU, João Flávio, esses recursos financeiros conseguidos pelo reitor da UFPB, Rômulo Polari, por gestões junto ao governo federal, representam \”uma ajuda significativa\”. Ele destacou principalmente a perspectiva de conclusão do sétimo pavimento do prédio, que está incompleto há quatro décadas. Na sua avaliação, depois dessas obras, o Hospital Universitário aumentará o número de internação hospitalar dos atuais 500 para 700 pacientes e o de cirurgias – dos mais variados tipos, inclusive de alta complexidade – de 300 para 400. João Flávio ainda informou que vários equipamentos foram adquiridos com os recursos, principalmente para os ambulatórios. Na área de consultas a cardíacos, por exemplo, uma esteira e um ecocardiograma – ambos computadorizados – vão estar à disposição da equipe médica, o que vai permitir um atendimento completo e seguro, que inclui aparelho para reanimação do paciente, caso precise durante os exames. Uma ambulância com suporte de vida com UTI, aparelhos de anestesia, duas máquinas para a lavanderia e uma Termodesinfectora, que vai lavar, secar e fazer a desinfecção de todo o instrumental cirúrgico, sem o contato humano, o que vai diminuir o risco de infecção hospitalar, também foram adquiridos para o Hospital Universitário.

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