Como já por demais sabido, para um país desenvolver, crescer, é imperativo que a Educação seja prioridade, o que, infelizmente, não se observa no Brasil. Pelo contrário, o que se constata é uma falta de compromisso cada vez maior com essa área de importância tão vital para o país. O que se reflete também na ausência de uma política adequada às especificidades da docência em Medicina. É preocupante, que o governo imponha as Universidades públicas Federal, projetos sem aprofundamento em discussões. Observa-se que ao contrário da tendência mundial, que é antes de tudo, melhorar e garantir a qualificação do ensino, essa premissa não é realidade no nosso país, pois constatamos o interesse na proliferação de cursos, aumento no número de vagas. Essa ampliação deveria ser destinada à Residência Médica, essencial no exercício profissional do médico, hoje em número insatisfatório a demanda dos médicos. Vale a pena, sobre essa questão, relembrar o que nos diz Saulo Ramos, ex-consultor da República, em parecer extraído do diário oficial da união de 16 de dezembro de 1998. Segundo ele, \”o dever do estado é ministrar a educação e, no curso superior, assegurar o conhecimento cientifico que irá, efetivamente, beneficiar a comunidade. O simples diploma não cumpre esta finalidade, antes, seria um estelionato contra a sociedade e uma grave lesão à teologia constitucional\”. Precisamos melhorar nossa infra-estrutura, hoje muito aquém do que almejamos. Devemos antes de tudo, propiciar condições de trabalho satisfatórias, não permitindo a descaracterização dos Hospitais Universitários, instituições responsáveis pelo ensino, pesquisa e extensão. Atualmente, está determinado que os Hus sejam responsáveis por procedimentos de grande porte, o que concordamos, entretanto priorizando-se o ensino. Não podemos permitir que equipamentos necessários e de alto custo, a exemplo de audiometro instalado no serviço de otorrino fiquem sem funcionar há mais de quatro anos por falta de profissional qualificado, existindo, porém fonoaudiólogo aprovado em concurso realizado no ano de 2004. Situações como esta referida, entre tantas outras importantes, deve ser solucionada pelos gestores, diante das propostas de reestruturação da Universidade. Isso é apenas uma citação. Por que não se estimula e tenta manter os nossos docentes! Como exemplo dessa situação lamentável, cito o Departamento de Cirurgia, atualmente com quadro de docente reduzido em decorrência das várias aposentadorias. Funcionamos hoje com vários professores voluntários, pois vagas não são destinadas para repor o quadro de docentes, configurando mais um descompromisso com nossa área. Então como pensar em aumentar vagas, sem garantir os docentes para lecionar as disciplinas? Tudo explicitado pode ser evidenciado, basta se inteirar da realidade. O esforço, dedicação, responsabilidade, abnegação dos professores do curso de medicina da UFPB permitem que nossos formandos tenham, até o momento, desfrutado de bons resultados enaltecendo e mantendo o bom nome da instituição responsável pela sua formação. Preocupa-nos, em muito o futuro! Instalações disponíveis A sede da Associação Médica da Paraíba tem amplas e confortáveis instalações disponíveis às especialidades médicas para reuniões e encontros científicos. O aconchegante auditório está à disposição dos colegas para reuniões de classe, palestras e encontros de confraternização. Reunião de diretoria Em almoço na sua sede no último dia 20 esteve reunida a diretoria da AMPB quando foram debatidos assuntos de grande interesse para a melhoria da comunidade médica. A regularização dos associados inadimplentes e o relacionamento da regional com a Associação Médica Brasileira foi tema de acalorados debates. As metas do presidente é a revitalização do prestígio da AMPB com medidas de real interesse que estimule e aproxime cada vez mais os colegas da Associação. Conselho Deliberativo da AMB O Dr. Fábio Rocha, presidente da AMPB estará nos dias 28 e 29 da próxima semana e Curitiba participando de reunião nacional do Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira. Na agenda da reunião, discussão sobre a CBHPM que ainda não foi implantada em todo o Brasil. A saúde na berlinda O dia Nacional do Protesto em defesa do SUS e por remuneração digna diante da preocupante situação da saúde pública no Brasil continua repercutindo em todo o país. Aqui, em João Pessoa existe um indicativo de paralisação das cirurgias cardíacas em virtude do não cumprimento do acordo entre o SUS e as equipes de cirurgia cardiovascular. No final das contas, o mais prejudicado é o paciente necessitado de tratamento especializado. As arrecadações recordes do governo e os bilhões da CPMF nos fazem refletir sobre o descaso oficial com o bem mais precioso da vida apesar da abundância de recursos tão mal geridos.

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