O Banco de Olhos da Paraíba, que será inaugurado este mês em um espaço no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, deve reduzir o tempo de espera dos pacientes na lista por transplantes de córneas em, pelo menos, dois meses. Segundo a Central de Transplantes da Paraíba, até o último dia 31 havia 90 pacientes inscritos para transplantes de córneas no Estado. De janeiro a outubro de 2008 foram realizadas 94 doações de córneas na PB, número bem abaixo das 188 doações realizadas em 2007. Para a enfermeira coordenadora do futuro Banco de Olhos, as doações caíram por conta das dificuldades, em decorrência da falta de um serviço especializado. “Se uma pessoa passava quatro meses na lista de espera, com o Banco de Olhos ela vai esperar agora apenas um ou dois meses”, disse a futura coordenadora do Banco de Olhos, Myriam Carneiro de França. Ela disse que para iniciar seus trabalhos o Banco de Olhos está dependendo apenas de uma vistoria do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), órgão do Ministério da Saúde. De acordo com ela, em nível estadual a Agência de Vigilância Sanitária (Agevisa) realizou inspeção no final de novembro, e deu parecer favorável ao funcionamento do Banco. A enfermeira explicou que as córneas captadas hoje no Estado são enviadas para serem preservadas em Bancos de Olhos das cidades de Natal (RN) e Recife (PE). Ela esclareceu que, com o serviço funcionando na Capital, haverá diminuição no tempo de coleta e preservação, para verificar o nível de qualidade das córneas, se regular, bom ou excelente. Myriam declarou que atualmente as córneas captadas na Paraíba levam até quatro dias para serem transplantadas nas 22 clínicas cadastradas para fazer as cirurgias no Estado. “Com o Banco de Olhos funcionando passarão a ser algumas horas”, destacou a coordenadora. Demora na captação Segundo Myriam, os médicos paraibanos só realizam transplantes com córneas em bom nível de qualidade. A enfermeira lembrou que, por esse motivo, muitas das córneas enviadas para Natal e Recife não são aproveitadas em transplantes no Estado, porque perdem em qualidade, devido à demora desde a captação a preservação. “Com certeza teremos córneas com melhor qualidade para transplantes, pois quanto menor o tempo até a preservação, melhor a qualidade da córnea”, enfatizou. Ela observou que as córneas que não são aproveitadas aqui são encaminhadas para outros estados, conforme a lista nacional de pacientes à espera de transplantes.

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