O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) suspendeu a determinação de interdição do Hospital Regional Janduhy Carneiro, do município de Patos, Sertão paraibano. O órgão havia realizado uma fiscalização no local onde foi constatado, além de um número insuficiente de médicos, a falta de uma estrutura adequada. Segundo o diretor de Fiscalização do Conselho, Eurípedes Mendonça, a escala foi entregue na última quarta-feira (4), pela Secretaria Estadual de Saúde. Embora o atendimento não fique paralisado, o CRM informou que o problema não está sanado.

O diretor do CRM explicou que a problemática maior do hospital, a falta de médicos, principalmente na Unidade de Terapia Intensa (UTI), foi solucionada temporariamente, mas outros problemas ainda persistem. “Nós constatamos que durante o mês de junho não havia médicos durante todos os sábados, além das manhãs e tardes dos domingos. A parte mais grave é que não havia médicos na UTI, mas depois da convocação de profissionais pela SES, o CRM decidiu suspender a interdição, o que poderia gerar um problema ainda maior para a população”, contou. Outro problema encontrado pelo diretor foi o grande tempo de espera de pacientes em estado gravíssimo.

“Estes pacientes não podem esperar muito tempo porque correm risco de morte e devem ser transferidos ou para a internação ou para a sala de operações. Mas no Hospital de Patos constatamos que eles chegavam a esperar um dia inteiro e estavam sendo atendidos na chamada área vermelha, que passou a ser uma UTI temporária por falta de leitos”, continuou.

A SES definiu, na última quarta-feira, uma escala de plantões médicos para manter o atendimento no Hospital Regional de Patos. A solução foi apresentada em reunião realizada pela direção da unidade hospitalar, com representantes da sociedade civil organizada, Sindicato dos Médicos e Conselho Municipal de Saúde.

Segundo o secretário Estadual de Saúde, Waldson de Sousa, não há motivos para a interdição. “Não há necessidade de interditar o local, porque o Estado realizou um investimento de R$ 1,5 milhão com equipamentos e obras no Hospital de Patos, inclusive com a ampliação da escala médica, que foi solicitada no ano passado. A população pode ficar tranquila porque o atendimento está garantido e a cada mês vamos fazer o anúncio de novas escalas”, contou o secretário.

No início do mês passado, segundo informação da diretora do local, Silvia Ximenes, os médicos abandonaram 220 plantões no Hospital Regional, sem nenhum aviso prévio. “Nós realizamos uma reunião com os médicos que reivindicaram a equiparação salarial com os especialistas de João Pessoa e Campina Grande.

O sindicato nos prometeu que iria elaborar a proposta escrita e oficial, que eu farei questão de entregar pessoalmente ao secretário de Saúde”, contou. O secretário da Saúde esclareceu que o Estado não recebeu nenhuma reivindicação oficial apresentada por médicos da unidade Regional do Sertão.

Fonte: Jornal da Paraíba

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