O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) fiscalizou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, nesta quarta-feira (17), e constatou algumas irregularidades. A pedido do Ministério Público da Paraíba (MPPB), o CRM-PB foi averiguar falhas na aspiração traqueal dos pacientes internados na UTI, que foram comprovadas. A equipe do CRM-PB identificou que a forma que este procedimento vem sendo realizado aumenta o risco de contaminação dos profissionais de saúde e dos demais pacientes que estiverem próximos.

“O hospital não realiza a aspiração com sistema fechado, onde um mesmo cateter, mantido protegido, não desconecta o paciente do ventilador. Desta forma, não expõe quem estiver ao redor e diminui o risco de contaminação”, explicou o diretor de Fiscalização do CRM-PB, João Alberto Pessoa. Ele ainda disse que este procedimento é bastante frequente e essencial em pacientes que estão em ventilação mecânica.

João Alberto também destacou que o Hospital de Trauma não é referência para pacientes com a Covid-19, mas recebe pacientes suspeitos da doença, inclusive, faz testes rápidos para detectar o novo coronavírus. “Não há isolamento adequado para estes pacientes suspeitos e alguns já confirmados. Por isso, essa aspiração não pode ser feita de forma aberta”, afirmou o diretor de fiscalização.

O MPPB também solicitou ao CRM-PB que verificasse a quantidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e de medicamentos. De acordo com a equipe de Fiscalização, o estoque de EPIs é suficiente, mas alguns medicamentos estão em falta, como determinados sedativos. No entanto, há estoque de outras drogas sedativas que estão sendo usadas sem prejuízo aos pacientes.

O CRM-PB irá encaminhar o relatório de fiscalização ao Ministério Público da Paraíba, assim como para a direção técnica do hospital e Secretaria Estadual de Saúde.

Hospital Clementino Fraga
A equipe de Fiscalização do CRM-PB esteve também no Hospital Clementino Fraga, no último dia 8 de junho. Conforme o relatório de fiscalização, o hospital possui disponibilidade, razoável e ampla, de equipamentos, materiais, medicamentos específicos e EPIS para assistência aos pacientes com Covid-19. Há ainda uma sala de treinamento para a capacitação de profissionais na UTI.

Como pontos negativos, a direção técnica do hospital não apresentou as escalas médicas dos plantonistas, diaristas e demais médicos que prestam assistência nas UTIs de pacientes com Covid-19, nem os indicadores hospitalares (número de leitos, taxa de ocupação, internação, alta, óbitos, profissionais afastados).

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