Pacientes intubados na UTI precisam de sedativos e bloqueadores musculares

O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) fiscalizou o Hospital Metropolitano José Maria Pires, em Santa Rita, na tarde da última quarta-feira (03) e constatou que faltam medicamentos sedativos e bloqueadores neuromusculares para os pacientes internados com Covid-19, sobretudo para os que estão intubados nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Além disso, diante da grande demanda de pacientes no hospital, há uma irregularidade na escala médica e, em alguns plantões, não há médicos especialistas nas UTIs em quantidade suficiente.

O presidente do CRM-PB, Roberto Magliano de Morais, destacou que apesar das dificuldades que todos estão enfrentando, é preciso que haja uma estrutura mínima adequada para que os pacientes sejam assistidos. “Determinados medicamentos são imprescindíveis para os pacientes que estão sedados e intubados na UTI. Além dos leitos e respiradores, é preciso que se tenham medicamentos, profissionais, insumos e toda uma estrutura para o tratamento do paciente”, disse o presidente do CRM-PB.

Desde a segunda quinzena do mês de maio, o Hospital Metropolitano está atendendo exclusivamente pacientes com a Covid-19. Conforme o Plano de Contingência da Secretaria Estadual de Saúde, o hospital tem capacidade para 60 leitos de UTI e 31 de enfermaria. No entanto, conforme foi constatado na fiscalização do CRM-PB, estão funcionando por enquanto 52 leitos de UTI e os 31 de enfermaria.

O presidente do CRM-PB acrescentou que a diretoria do hospital informou que os sedativos usados habitualmente estão em falta no mercado, mas a compra já foi providenciada. Por enquanto, um protocolo de drogas alternativas está sendo utilizado para intubação e manutenção dos pacientes sedados. O relatório elaborado pela equipe de fiscalização do CRM-PB será enviado ao Ministério Público, à Secretaria Estadual de Saúde e ao diretor técnico do Hospital Metropolitano José Maria Pires.