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“É importante termos um cuidado coletivo para conseguirmos passar por esta fase difícil”

No Novembro Azul deste ano de 2020, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) está informando à população e aos profissionais de saúde a importância dos pacientes oncológicos continuarem seus tratamentos de forma segura e os homens realizarem suas consultas e exames diagnósticos preventivos. A campanha deste ano, reforça que, apesar da pandemia, é preciso cuidar da saúde e tratar o câncer, sempre seguindo as recomendações e protocolos de segurança.

“A campanha é um chamado que fazemos todos os anos, principalmente agora, durante a pandemia, para lembrar aos homens o quanto é importante a prevenção”, afirma o urologista e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia – Regional Paraíba, Thiago Costa. Para ele, ainda há muita desinformação e preconceito, mas o Novembro Azul, realizada há mais de dez anos, já conseguiu vencer barreiras e vem estimulando os homens a procurar o urologista.

Na entrevista a seguir, ele fala também das consequências da pandemia na sua rotina de trabalho, além da redução das consultas e exames diagnósticos, pelo medo de exposição ao coronavírus. Além de presidente da SBU-PB, Thiago Costa é professor da Faculdade de Medicina Nova Esperança. É formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com especialização em Cirurgia Geral pela Universidade Estadual de Pernambuco e, em Urologia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. É ainda mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia.

 

A pandemia tem atrasado a realização de exames e consultas que previnem diversas doenças. Como o senhor analisa esta situação, com relação ao câncer de próstata?
Sem dúvidas que a pandemia mudou o comportamento em relação aos exames preventivos e de avaliação para todos os pacientes. Houve uma redução drástica no movimento dos consultórios, principalmente, nos três ou quatro primeiros meses iniciais da pandemia. Percebemos isso em números: a Sociedade Brasileira de Urologia realizou uma pesquisa que mostrou que mais de 50% dos homens com mais de 50 anos deixaram de fazer alguma consulta durante esse período. Isso deixa bem evidente o quanto a pandemia que estamos vivendo vai impactar no diagnóstico dessas doenças que têm incidência elevada.

 

Como a Sociedade de Urologia da Paraíba tem feito para incentivar e conscientizar a população masculina sobre a importância da realização de exame e consultas para a prevenção de doenças?
A SBU aproveita o Novembro Azul, que é um chamado que fazemos todos os anos para os homens, principalmente neste ano de pandemia, para lembrá-los do quanto é importante a prevenção e avaliação para o diagnóstico precoce de todas as doenças, especialmente, o câncer de próstata. São várias ações, como lives, webinar, entrevistas institucionais que vários membros associados realizam, para que possa haver uma conscientização maior dos homens.

O senhor acredita que ainda há muita desinformação sobre o câncer de próstata e preconceito quanto aos exames?
Infelizmente ainda observamos uma certa desinformação em relação ao câncer de próstata, mas cada vez mais o acesso à informação está facilitando o nosso trabalho. A campanha do Novembro Azul é de extrema importância, tem mais de dez anos que é realizada e, com certeza, já conseguiu vencer várias barreiras. Mas é um trabalho que tem que ser constante, ser realizado pessoa a pessoa, ano a ano, para que a gente realmente tenha sucesso e acabe qualquer tipo de preconceito, evitando as mortes que o câncer de próstata potencialmente poderia causar.

O CRM-PB tem observado que a Paraíba irá enfrentar um novo pico da Covid-19 nos próximos dias. O que o senhor diria aos médicos e pacientes? Como enfrentar a pandemia e não se descuidar da saúde?
O que nós ressaltamos para nossos colegas e pacientes é tentar manter a resiliência, manter os cuidados que aprendemos a ter, saber que a doença continua presente e que é preciso ter calma. Devemos manter os cuidados que tivemos desde o início da pandemia, para que possamos passar por esse período difícil, aguardar a vacina e não ter nenhuma surpresa.

Como a pandemia mudou a sua rotina de trabalho? Como era antes e como está agora?
A pandemia mudou a rotina de trabalho, principalmente, em relação aos cuidados que tivemos que fazer em nossos consultórios, nos adaptando à realidade. Então, temos que atender permanentemente de máscara, manter o distanciamento, fazer marcação de consultas com horário agendado. Além disso, durante um determinado período, estávamos fazendo apenas as cirurgias de urgência e emergência. Fica como legado o cuidado individual e percebemos como é importante esse cuidado coletivo para que tenhamos sucesso e passemos por essa fase difícil. Acho que isso será incorporado pela maioria das pessoas e dos profissionais. Já tínhamos uma preocupação permanente, na questão de limpeza e higienização, mas foi reforçada durante a pandemia e creio vai ser algo que vai ser mantido durante muito tempo.

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