VIVENDO SEM O HIV Pré-natal de qualidade e acompanhamento médico profilático salvam vidas no HU da UFPB Pré-natal de qualidade e acompanhamento médico profilático. Com estas ações, mais de 300 crianças têm sido salvas nos últimos seis anos pelo Serviço de Assistência Especializada em DST, HIV/Aids (SAE) de se tornarem soropositivas, ação promovida pelo Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW). Segundo dados médicos, 100% das mães portadoras de HIV que procuraram o serviço e realizaram o tratamento conseguiram evitar a transmissão da doença para seus filhos. O SAE atende a uma demanda de gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), de todo Estado, inclusive de municípios circunvizinhos dos Estados de Pernambuco e do Rio Grande do Norte. As mães soropositivas são encaminhadas durante a assistência pré-natal e passam a receber medicamentos. De acordo com o médico e responsável pela implantação do SAE, Otávio Soares de Pinho Neto, cerca de 50 novas pacientes são encaminhadas anualmente ao SAE. \”O problema principal na tentativa de se evitar esta forma de transmissão é a eficácia do pré-natal no país, que é de péssima qualidade. Se fosse possível abranger o acompanhamento com todas as mães, este serviço poderia alcançar um número maior ainda de pacientes\”, explicou. \”Caso a mãe não se trate, corre o risco de 30% de transmitir a doença à criança\”, complementou. O programa de prevenção à transmissão vertical da Aids foi implantado em 2001 e é referência para todo Estado. As mães são acolhidas e aconselhadas durante o tratamento São usados antiretrovírus durante o período de pré-natal, na hora do parto e introduzido ao recém-nascido, que será acompanhado até os 13 anos de idade para avaliar o desenvolvimento psicomotora da criança. Otávio assinalou que o trabalho do SAE não se restringe apenas a profilaxia da doença com as mães, mas o acompanhamento da paciente e da criança após o tratamento. \”Após a gravidez, ela fica inserida no programa para que tenha uma melhor qualidade de vida. Ela recebe medicação e a criança um leite auxiliar até os 6 meses de idade. Além disso, temos uma equipe multidisciplinar, contando com obstetra, pediatra, infectologista, nutricionista, enfermeiro, técnico de enfermagem, assistente social, psicólogo, bem como estudantes da área de saúde durante período de estágio\”, explicou Pinho. Pacientes destacam eficácia do tratamento Uma das pacientes atendidas pelo SAE destaca a eficácia do serviço prestado. \”Eu descobri que tinha o vírus da Aids quando fiquei grávida de meu primeiro filho, há quatro anos. De lá pra cá tive outros três, formando dois meninos e duas meninas, e todos estão saudáveis, pois recebem medicação e tratamento\”, destacou Josenita Ramos, soropositiva. Ela complementa que o tratamento é fácil. \”Sigo a todas as ordens dos médicos e tudo está, graças a Deus, bem. Caso aconteça alguma coisa comigo, ao menos eu sei que meus filhos ficarão saudáveis\”, afirmou. Josenita destacou que desde o primeiro parto tem buscado auxílio do SAE e fornecido ajuda para conscientizar da importância da prevenção. \”Costumo realizar palestras e conscientização com pessoas que precisam em Santa Rita, falando sobre o uso de camisinha, inclusive com soropositivos\”, explicou. Formas de transmissão O HIV pode ser transmitido pelo contato sexual sem proteção, pelo uso compartilhado de seringas para drogas injetáveis, por transfusões de sangue contaminado e da mãe para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação. Para existir a contaminação, é preciso haver contato direto entre secreções portadoras do HIV com uma área desprotegida do corpo de outra pessoa, como ferimentos ou mucosa. É importante destacar que não se contrai Aids através de abraço, aperto de mão, beijo, compartilhamento de talheres, copos, sabonete, roupas, lençóis, nadar na mesma piscina, usar o mesmo banheiro ou ter qualquer tipo de contato social com um soropositivo. Picadas de insetos também não transmitem a doença.

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