As doenças do coração continuam sendo a primeira causa de morte no Estado e matam pelo menos sete paraibanos por dia. Foram 5,5 mil óbitos somente nos últimos dois anos e 30,7 mil internações. Mas está havendo uma mudança no perfil das vítimas: elas são cada vez mais jovens e do sexo feminino. O que está preocupando os cardiologistas é que tem aumentado o número de adolescentes e jovens, de 14 a 20 anos, com doenças cardiovasculares como AVC, infarto e hipertensão, com alto de risco de morte, por causa do consumo de drogas como crack, cocaína e, ainda, de anabolizantes, esteróides e anfetaminas. O cardiologista Grimberg Medeiros Botelho revelou que há cerca de três meses, um adolescente foi internado na UTI, em estado grave, no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HU), em João Pessoa, porque tomou uma dose alta de anabolizante para cavalo. “Ele ficou internado no HU durante um mês. Os jovens têm facilidade de comprar essas substâncias e tomam até mesmo em casa, escondido dos pais. Temos atendido uma média de dois novos casos por mês de jovens com hipertensão provocada por anabolizantes, um passo para o infarto”, afirmou. Já o cardiologista João Alfredo Falcão da Cunha Lima, membro titular da Sociedade Brasileira de Hemodinância e Cardiologia Intervencionista, revelou que atende pelo menos um caso por semana de jovens com problemas cardíacos causados pelo consumo excessivo de drogas e anabolizantes. “O mais preocupante é que há cinco anos, não tinha nenhum paciente com esse perfil no meu consultório”, informou. De acordo com o médico Falcão, “os jovens estão mais vulneráveis a problemas cardíacos. Tenho atendido vários casos de pacientes, de 18 a 20 anos, já com doenças cardíacas e risco de morte. Em um dos casos, um jovem ficou hipertenso após um ano fazendo uso de anabolizantes. Já em outro, um rapaz teve um infarto e quase morreu porque é usuário de drogas”, revelou o cardiologista. O especialista disse que os efeitos dos esteróides e anabolizantes dependem de pessoa para pessoa. “Existem pacientes que usam anabolizantes e não têm nada, mas há outros que possuem uma pré-disposição, podem ter uma crise hipertensiva, um infarto e morrer”, observou. O cardiologista João Alfredo Falcão explicou que existe um conjunto de fatores de risco que desencadeia as doenças cardiovasculares. O estresse do dia-a-dia, os maus hábitos alimentares (que provocam o aumento do colesterol e dos triglicerídeos, o sedentarismo, a obesidade, a hipertensão, diabetes, fatores genéticos, tabagismo, alcoolismo e as drogas são fatores que têm contribuído para o aparecimento das doenças cardíacas. “Na Paraíba, não resta dúvidas de que a dieta rica em gordura e carboidratos, o hábito de fumar e o diabetes contribuem para os problemas. Esses fatores sempre vêm associados. Os diabéticos são considerados de alto risco para as doenças cardiovasculares. Leia matéria completa na edição do Jornal CORREIO da Paraíba deste domingo (3). Henriqueta Santiago, do CORREIO da Paraíba

Spotify Flickr Facebook Youtube Instagram
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.