7 de dezembro de 2011

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e os 27 conselhos regionais de Medicina (CRMs) realizam, a partir deste mês de dezembro, uma campanha permanente para pedir o engajamento dos 370 mil médicos do país na luta em busca de crianças desaparecidas. O material foi aprovado nesta terça-feira (6/12) na 19ª Reunião da Diretoria do CFM com os presidentes dos conselhos regionais. A iniciativa é da Comissão de Assuntos Sociais do CFM. 

Anualmente, são registrados no Brasil 40 mil desaparecimentos de crianças. De acordo com especialistas no tema, 70% dos desaparecidos fogem de casa por problemas domésticos e cerca de 15% nunca mais reencontrarão suas famílias. 

Observar semelhanças com os pais, sinais de agressão, comportamento da criança com a família. Estas são algumas orientações para que os médicos fiquem atentos nos hospitais, prontos-socorros e clínicas do país. Outra recomendação indicada pelo Conselho é que os médicos sempre confiram os documentos do menor e dos responsáveis. 

Nos próximos dias, o Federal encaminhará aos CRMs dos estados cartazes com esclarecimentos que serão posteriormente repassados para postos de saúde. A campanha chamará atenção da sociedade e dos médicos para o grande problema do desaparecimento.

 Um dos objetivos da ação é divulgar a Lei Federal nº 11.259/2005, conhecida como a “Lei da busca imediata” que prevê a busca imediata pela criança a partir da ocorrência policial. “Os brasileiros têm um mito de que é necessário aguardar 24 horas para fazer a denúncia. Este tempo é crucial para encontrar uma criança desaparecida”, alertou 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital Corrêa Lima. 

Divulgação – Além dos cartazes, o Conselho lançará uma página eletrônica que trará informações para pais e médicos sobre a questão. As informações também serão encaminhadas por meios eletrônicos aos 370 mil médicos do país. 

O CFM disponibilizará ainda no site oficial da entidade – www.portalmedico.org.br – um banner da campanha, que também dará acesso ao Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. 

(www.desaparecidos.mj.gov.br). O objetivo da iniciativa é ampliar um esforço coletivo e de âmbito nacional, para a busca e localização de crianças, adolescentes e adultos. 

Segundo o coordenador da Comissão de Assuntos Sociais do CFM e secretário-geral da entidade, Henrique Batista, o cadastro é um importante instrumento de apoio à sociedade brasileira. “A entidade pede que a categoria médica fique atenta aos retratos que estejam neste cadastro, pois as pessoas podem passar por uma unidade de saúde e precisar de um tratamento médico”, apontou Batista. 

O Cadastro Nacional do Ministério da Justiça já inscreveu um total de 1.200 pessoas, destas 644 já foram encontradas e 570 continuam desaparecidas. As denúncias podem ser feitas por meio do Disque 100, que funciona diariamente de 8h às 22h, inclusive aos finais de semana e feriados. As denúncias são mantidas anônimas. 

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