23 de agosto de 2011
O CRM-PB constatou ontem de manhã a ocorrência de superlotação no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes. A constatação foi feita pelo diretor de fiscalização do CRM, Eurípedes Mendonça, a partir de denúncia recebida pelo Ministério Público Estadual, através da Vara de Defesa da Saúde. Na inspeção durante a qual o problema foi constatado, o representante do CRM-PB estava acompanhado por fiscais do Ministério Público Estadual.
“Foi uma denúncia de superlotação e que, alguns pacientes que estão sendo operados, em vez de irem para as UTI’s adulto, estavam indo para a sala vermelha”, disse o diretor de Fiscalização do CRM. A sala vermelha é onde funciona o atendimento de emergência do Hospital, que estava ontem com sete leitos, todos ocupados com pacientes graves. “Mas as UTI’s adultos estão também ocupadas”, ressaltou o dirigente do CRM, acrescentando que esse fato caracteriza a superlotação.
O representante do CRM afirmou que iria conversar com a diretoria do Hospital de Emergência e Trauma, para a adoção de providências, visando à solução do problema. O diretor técnico do Trauma, médico Flaubert Cruz acompanhou o trabalho de inspeção do CRM. Mas o diretor do CRM deixou claro que os sete pacientes que estão na área vermelha não foram egressos do centro cirúrgico.
Outros hospitais
Eurípedes Mendonça disse ter certeza de que, a vinda de pacientes das demais cidades do interior para atendimento no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, agrava a situação. Por isso ele defendeu a necessidade de investigar também e melhorar as condições dos hospitais de outras cidades pólo, como é o caso de Patos e Sousa, para que eles não tenham que se deslocar a Campina Grande.
O diretor técnico do Hospital de Trauma, Flaubert Cruz, atestou que a instituição de saúde está superlotada. “A UTI nós transferimos do hospital velho no dia 18 de junho e no dia seguinte todos os 20 leitores já restavam ocupados; e continua essa superlotação desde então”, queixou-se o diretor.
Flaubert Cruz afirmou que, pensando nisso, efetivou a sala vermelha, logo na entrada do Hospital como se fosse uma UTI, com todos os equipamentos, insumos e um corpo de enfermagem e médicos com plantão de 24 horas. Entretanto determinou que os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, que fiquem em recuperação na sala de recuperação pós-anestésica, até o surgimento de vagas na UTI, ou na enfermaria se for um caso menos grave.
Fonte: Francisco José (Correio da Paraíba)