O Conselho Regional de Medicina do estado da Paraíba (CRM-PB) tem se empenhado em cumprir o seu papel e trabalha diariamente para defender o exercício ético da profissão e zelar por um atendimento médico seguro e de qualidade para os profissionais e a população paraibana. Neste contexto, o Departamento de Fiscalizaçao do Conselho tem sido um dos mais atuantes, tendo realizado mais de uma centena de fiscalizações entre janeiro e julho de 2019, conforme Dossiê da Saúde Paraibana, apresentado à imprensa e sociedade recentemente. O Dossiê mostrou, dentre inúmeros problemas, que as unidades de saúde da região metropolitana de João Pessoa não contam com segurança para profissionais, pacientes e acompanhantes. Levantamento feito pelo CRM-PB em 2018 apontou que 73% dos médicos entrevistados já sofreram violência física ou verbal em seus locais de trabalho.

Para tratar deste e de outros problemas, a diretoria do CRM-PB reuniu-se com o Governador do estado, prefeitos, Ministério Público e secretário de Segurança Pública, ocasião em que o Secretário comprometeu-se em discutir com o comandante da Polícia Militar a possibilidade de colocar unidades móveis em determinados hospitais e se colocou à disposição para construir, com a guarda municipal de João Pessoa, um plano de segurança para as principais unidades de urgência e emergência da Capital.

Na última sexta-feira (2), o pai de uma criança internada na UTI do Hospital Arlinda Marques ameaçou de morte médicos e pacientes, quebrou vidros do setor, caso a filha fosse a óbito.

O CRM-PB esteve no hospital e após a confirmação do ocorrido e da insegurança, que expunha os profissionais de saúde e pacientes, solicitou que fosse providenciado vigilância armada para proteção dos ameaçados, sob pena de interdição ética da UTI. Como as providências ainda não haviam sido tomadas uma semana após o incidente, na manhã da sexta (9), o CRM-PB interditou eticamente os médicos da unidade.

No final da tarde desta mesma sexta (9), a Diretoria do Hospital Arlinda Marques contratou emergencialmente uma empresa de segurança e, imediatamente, desinterditou-se os médicos do Hospital.

Pelo exposto, o CRM-PB lamenta que suas ações tenham recebido interpretação equivocada e que muitas vezes precise agir de forma extremada para que o exercício da medicina possa ser garantido.

Em que pese uma eleição para escolha de um representante estadual para o Conselho Federal de Medicina esteja em vigência, neste mês de agosto, as ações judicantes, fiscalizadoras, cartoriais e de educação médica continuada da autarquia, nos limites das suas prerrogativas, não serão interrompidas.

Do ponto de vista do CRM-PB, acima das eleições, que estão sendo disputadas por dois bons candidatos, são a saúde da população e o prestígio e o bom conceito da medicina os motivadores das suas atividades.

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