A falta de materiais cirúrgicos no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa tem comprometido a realização de cirurgias ortopédicas de urgência, levando os pacientes a uma longa espera pelo procedimento. Na última segunda-feira, todas as cirurgias foram suspensas devido à carência de órteses e próteses. De acordo com o presidente da Cooperativa dos Ortopedistas, Rômulo Soares, a precariedade do serviço vem ocorrendo há cerca de um ano, mas, nos últimos 15 dias, piorou devido à suspensão do fornecimento de órteses e próteses por parte de duas das três empresas que disponibilizam os materiais para a unidade hospitar. “A precariedade é grande e os médicos têm enfrentado muita dificuldade para trabalhar, sendo obrigados a improvisar. Atualmente, apenas uma empresa está disponibilizando, de forma muito precária, as órteses e próteses para o hospital”, denunciou. A situação foi confirmada pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/PB), na semana passada. De acordo com o diretor do Departamento de Fiscalização do CRM/PB, João Alberto Morais Pessoa, o Hospital Senador Humberto Lucena possui uma fila de espera na ortopedia que chega, em média, a 30 pacientes. “Constatamos que 32 pacientes internados aguardavam uma cirurgia ortopédica. Em um caso, a espera já durava mais de 20 dias. Infelizmente, esse é um problema freqüente e o que a gente percebe é que o hospital está passando por uma grande dificuldade de manutenção, isso porque a demanda pelo serviço vem aumentando muito e porque houve a suspensão do fornecimento de órteses e próteses por duas empresas”, contou. Uma das vítimas da falta de material cirúrgico no hospital foi o marido da manicure, Adriana de Azevedo Fonseca, 38 anos, que mora no bairro Mangabeira VIII. “Meu marido teve que esperar 15 dias para fazer uma cirurgia no joelho. Todos os dias ele ficava em jejum para se preparar para a operação, mas nunca era operado e isso deixava toda a família muito nervosa e frustrada. Teve um dia que ele chegou a ir para o bloco cirúrgico, mas teve a cirurgia suspensa. Os médicos foram muito atenciosos e explicaram que a operação não pôde ser feita porque faltava material. Há 15 dias, meu marido está afastado do trabalho e eu também e essa situação desestrutura a vida de toda a família. Meus filhos estão com meus parentes porque tenho que ficar aqui com o meu marido”, contou indignada. A direção do hospital foi procurada para esclarecer os motivos da suspensão do fornecimento dos materiais por parte das empresas, mas segundo a assessoria de imprensa da unidade, não havia ninguém responsável para responder sobre o assunto. Ação ajuda moradores Cerca de 2,5 mil pessoas de comunidades carentes foram beneficiadas, na manhã de sábado, com serviços de saúde, lazer, educação e cidadania no bairro de Valentina Figueiredo, em João Pessoa. A ação social de iniciativa da Faculdade de Enfermagem e Medicina Nova Esperança (Facene/Famene) contou com a participação de 30 entidades (incluindo empresas, organizações não-governamentais e governo estadual e municipal) e com 100 voluntários. Além de vacinação, exames médicos e distribuição de cestas básicas, as 500 famílias cadastradas – provenientes das comunidades Monsenhor Magno e Boa Esperança – puderam fazer documentos como certidão de nascimento, RG e carteira de trabalho. Serviços como o hemocentro para a doação de sangue também foram disponibilizados. Segundo o diretor das Faculdades Nova Esperança, Eitel Santiago Silveira, o trabalho faz parte da responsabilidade social das instituições e visa melhorar a qualidade de vida dos moradores do Valentina, bairro onde as faculdades estão instaladas.

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