O número de atendimentos pediátricos no Hospital Santa Isabel triplicou neste final de semana. De acordo com a plantonista administrativa, Sandra Barbosa, e médicos pediatras que atendem na unidade, no último sábado cerca de 150 crianças foram atendidas no setor de urgência do hospital, quando a média gira em torno de 38 a 50 atendimentos/dia. Além das condições climáticas características desta época do ano (em que aparecem mais viroses e a problemas respiratórios), a interdição ética do hospital infantil Arlinda Marques, ocorrida na última sexta-feira, são as principais explicações para o aumento da demanda e para a conseqüente sobrecarga no serviço hospitalar. Ontem, a equipe médica do Hospital Arlinda Marques (unidade de referência no atendimento infantil) atendia em um espaço pequeno e improvisado. Um comunicado da diretora geral, Maria Aparecida Rodrigues de Amorim, informava os profissionais que “em conseqüência das últimas chuvas, o forro de PVC da recepção e áreas de atendimento de urgência/emergência foi danificado, resultando na necessidade de desocupação da referia área por recomendação do engenheiro que dá assistência ao proprietário do imóvel”. Depois de ter sido inspecionada pela Agevisa (Agência Estadual de Vigilância Sanitária) e pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/PB), na última sexta-feira, a unidade sofreu uma interdição ética e cautelar na área de atendimento de urgência e emergência e teve o setor transferido provisoriamente para as dependências da Policlínica do Monte Sinai. Atendimento em local improvisado O local onde está funcionando a urgência do Hospital não tem entrada para ambulância; o setor de urgência é uma sala de 12 metros quadrados e no corredor não é possível passar uma maca, por exemplo. “Só estamos fazendo o trabalho de urgência e emergência porque devido à própria estrutura do local, não há muito que fazer. Reduzimos o atendimento ambulatorial por falta de consultório disponível para atender e estamos encaminhando os pacientes para o Hospital Santa Isabel”, explicou a pediatra plantonista, Célia Ferreira. De acordo com os profissionais da unidade, a assistência ambulatorial que está sendo encaminhada para o Santa Isabel corresponde a 50% de todos os atendimentos realizados no Arlinda Marques. Os serviços de internação e terapia intensiva, no entanto, continuam funcionando normalmente no hospital de referência infantil. Segundo a recepcionista do Arlinda Marques, Maria Conceição Cavalcanti, no sábado foram realizados 78 atendimentos de urgência e até as 9h de ontem, foram atendidos 12 casos de urgência no local improvisado. Demora no atendimento A dona-de-casa Andréia Cristina de Sousa, 27 anos, se deslocou do Cristo Redentor em busca de atendimento médico para seu bebê de 11 meses que estava com febre. Ela teve que ser encaminhada para o Hospital Santa Isabel. “Queria que meu filho fosse atendido aqui… Não sei se no Santa Isabel terá muita gente”, disse decepcionada. Assim como Andréia, outros usuários reclamavam do transtorno e do constrangimento a que eram submetidos por não conseguirem assistência no hospital de referência infantil e por se verem obrigados a se deslocar para um serviço que já está sobrecarregado, como é o caso do hospital Santa Isabel. Depois de aguardar três horas e meia, a universitária Marcela Taís Pontes, 22, conseguiu o atendimento médico que procurava para sua filha no Santa Isabel. “Minha filha estava com crise de cansaço. Cheguei às 6h e saí às 9h30. A pediatria está cheia e a cada hora que passa, chega mais criança”, contou.

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