Decorridos três anos para elaboração da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) com o conhecimento de todos as operadoras de planos de saúde, inclusive com resolução do CFM, reconhecendo-a em agosto de 2003 como referencial digno e ético, parece ainda distante sua implantação na grande maioria dos Estados. Apesar de alguns procedimentos terem sido valorados abaixo do esperado pelos médicos brasileiros, os planos de saúde relutam em adota-la, pois estão acostumados em terem sua própria tabela e pagarem quanto quiserem A flexibilização ampla das bandas para mais e para menos, em parte veio beneficiar os planos de saúde, que só enxergam na negociação valores menores que a banda mínima, num total desrespeito a uma categoria sofrida e duramente penalizada, apesar da sua responsabilidade e o que representa no contexto social. A CBHPM é um instrumento que norteia a conduta dos profissionais da área médica diante de seus inúmeros e modernos procedimentos hierarquizados , beneficiando ainda os usuários por conter todos os avanços tecnológicos. Representa ainda, o início do resgate na reposição das perdas que ocorreram nos últimos anos, além de trazer de volta para o médico o direito de determinar quanto vale o seu trabalho. Distorções existem, mas serão corrigidas. Nada nasce perfeito. As diferentes e antigas tabelas deixarão de existir permanecendo aquela que foi cientificamente construída por técnicos da FIPE. As seguradoras (Bradesco e Sul América) desprovidas de qualquer compromisso social, auferiram lucros exorbitantes nos últimos anos , explorando o setor saúde, mas remuneram pela tabela de 1990, negando-se a implantação da CBHPM. Estaremos sempre ao lado daqueles planos de saúde, que respeitem o trabalho médico com probidade e ética, propiciando assim uma medicina de qualidade oferecida aos cidadãos. A CBHPM determina logicamente um impacto maior naqueles planos que mais aviltam a profissão, apesar de terem no último decênio aumentado o valor das mensalidades bem acima da inflação, mesmo especificado nas planilhas bem elaboradas, o valor dos nossos “futuros ” honorários, que não nos repassaram. Por muitos anos fomos enganados e omissos, pois parece que perdemos a capacidade de nos indignar, de reagir à tanta humilhação. É vergonhoso dizer quanto ganhamos por um procedimento médico, que exercemos com conhecimento , dedicação e responsabilidade. Mas chegou o momento de pensarmos no presente e no futuro , para não continuarmos sendo espezinhados pela força econômica que nos desune e nos escraviza. É hora de mostrar o nosso valor contra aqueles que se opõem à nossa dignidade profissional e lutam por dificultar a implantação da nossa CBHPM . No dia 22 de setembro às 9 horas no Ministério Público haverá uma reunião da Comissão de Implantação da CBHPM com todos os planos de saúde exceto os do grupo UNIDAS, inclusive com a GEAP que paga por uma consulta R$ 25,00 e diz que não pertence neste momento à UNIDAS . A mesma reunião já se realizou em agosto e o curador solicitou um cronograma de implantação da CBHPM. Estarão presentes os presidentes da Associação Médica da PB, CRM e Sindicato dos Médicos na defesa dos interesses da categoria. Dr Wilberto Trigueiro Presidente da Comissão para Implantação da CBHPM

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