Começa no próximo dia 24 a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, cuja meta é vacinar 11 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Isso corresponde a 70% dos 15,7 milhões de idosos, em todo o território nacional. O objetivo da campanha é proteger a população idosa das complicações da gripe e de outras doenças preveníveis por vacinas, uma vez que essa faixa etária é mais vulnerável às enfermidades. Esse ano, o Dia D da campanha será no dia 29 de abril, quando estados e municípios mobilizarão 251,3 mil pessoas, entre servidores e voluntários, em 73,7 mil postos de vacinação em todo o país. Serão utilizados 27,7 mil veículos, incluindo carros e barcos para a locomoção das equipes, além de uma aeronave. Este ano, o investimento do Ministério da Saúde na campanha é de R$ 130,5 milhões, sendo R$ 118,6 milhões na compra de 18,6 milhões de doses contra o vírus influenza, R$ 5,2 milhões na compra de 240 mil doses contra pneumococos, R$ 1,2 milhão na compra de 4 milhões de doses difteria e tétano e R$ 838 mil em 1 milhão de doses contra febre amarela. Essas outras vacinas serão utilizadas para fazer a atualização da carteira de vacinação dos idosos. Também integram o orçamento da campanha de vacinação do idoso R$ 4,8 milhões, que serão repassados, fundo a fundo, para os estados e municípios realizarem as ações de mobilização. A campanha publicitária de vacinação do idoso deste ano traz o slogan “Viva melhor. Vacine-se contra a gripe”. Serão produzidos vídeos para TV, spot para rádio, fôlderes, cartazes e outdoors. Vacina – A vacina contra a gripe é produzida com base nas três cepas (subtipo de vírus) de maior circulação no Hemisfério Sul. Essa combinação eleva a capacidade de proteção da vacina. Ela diminui o risco de contrair a doença em até 90% dos casos. A vacina leva duas semanas para produzir efeito e deve ser tomada todos os anos. Os vírus presentes na vacina estão mortos e não podem se reproduzir e provocar a doença. Isso significa que a vacina não causa gripe. Só não podem ser vacinados aqueles que têm um quadro raríssimo de alergia comprovada à proteína do ovo, uma vez que a dose é produzida em embriões de galinha. O Brasil é um dos poucos países que oferece gratuitamente a vacina para maiores de 60 anos. As campanhas de vacinação de idosos começaram em 1999. Milhões de pessoas são vacinadas todos os anos no Brasil. No ano passado, o país superou a meta e vacinou 83,9% da população com mais de 60 anos, conquistando uma das melhores coberturas vacinais em todo o mundo. A gripe é considerada uma das doenças infecciosas que mais preocupam as autoridades sanitárias no Brasil e no mundo. No último século, ocorreram três pandemias (epidemia em escala mundial) responsáveis por mais de 50 milhões de mortes, problemas sociais e perdas econômicas: a Gripe Espanhola (1918), a Gripe Asiática (1957) e a Gripe de Hong Kong (1968). Especialistas acreditam que uma nova pandemia poderá acontecer nos próximos anos, provocando milhões de casos da doença. A característica mutável do vírus influenza, causador da gripe, reforça essa hipótese. Estimativas de estudos internacionais indicam que a vacina contra a gripe provoca redução da mortalidade em até 50% entre a população idosa. Além disso, constam nos resultados desses estudos a redução de 19% do risco de hospitalização por doença cardíaca e em até 23% do risco de doenças cerebrovasculares. A campanha de vacinação do idoso segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de priorizar os idosos na vacinação. A gripe entre jovens não representa problema de saúde pública. Leva-se em consideração que o organismo do idoso é mais vulnerável à gripe. Assim, eles podem sofrer complicações, como a pneumonia ou a desestabilização de um quadro de doença cardíaca ou renal. A doença – A forma e a gravidade da gripe variam muito. Seus principais sintomas são febre, calafrios e mal-estar generalizado, freqüentes nos primeiros dias. A rinite e a faringite também podem ocorrer. Quando os sintomas iniciais diminuem, aparecem problemas respiratórios, como dor de garganta, tosse seca, coriza e congestão nasal. A gripe é curada espontaneamente em cerca de uma semana. Os pacientes idosos mantêm, em geral, a infecção por semanas e podem apresentar complicações. As mais freqüentes são a pneumonia bacteriana, a pneumonia viral primária e o agravamento de doenças crônicas pré-existentes. A gravidade aumenta com a idade. Um dos maiores desafios em relação à saúde da população com mais de 60 anos é a prevenção de enfermidades que interferem no desenvolvimento de suas atividades diárias, sendo a gripe uma das principais causas. Hoje, o crescimento do fluxo de viagens internacionais e da população com mais de 60 anos (mais vulnerável) facilitam a disseminação do vírus. Isso exige da política nacional de saúde estratégias adequadas, com atenção especial à ampliação das coberturas vacinais dos grupos de risco, às pesquisas e ao desenvolvimento de vacinas. Mais informações Assessoria de Imprensa do Ministério da Saúde

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