24 de Agosto de 2011 

O programa de atendimento domiciliar a pacientes do SUS, anunciado há alguns dias pela presidente Dilma Rousseff, começará a funcionar em novembro, segundo o Ministério da Saúde.

O objetivo é reduzir a demanda em hospitais públicos, especialmente de doentes crônicos e idosos, e humanizar o atendimento.

Programas semelhantes já foram implantados pelo governo no passado, mas não foram bem-sucedidos.

Em 2006, uma portaria do ministério previa a criação de equipes de “home care” em hospitais, mas, segundo profissionais ouvidos pela Folha, o projeto se restringiu a poucas instituições devido ao grande número de exigências feitas pelo governo.

O ministério afirma que o conceito do programa sofreu alterações e que agora envolve a rede de atenção básica à saúde, como postos de saúde e ambulatórios.

Segundo o ministro Alexandre Padilha (Saúde), o novo programa, chamado de Hospital Lar, funcionará em parceria com as prefeituras, que serão responsáveis por indicar as unidades e contratar as equipes, pagas pelo governo federal.

Cada equipe –formada por médicos, enfermeiros, assistente social e outros três profissionais de saúde– custará R$ 42 mil mensais e atenderá, em casa, a até 90 pacientes simultaneamente.

A meta do governo, segundo Padilha, é implantar mil equipes de “home care” no país até 2014.

O médico Joel Rocha de Mello, que trabalha há 25 anos com assistência domiciliar em São Paulo, diz que aprova a iniciativa, mas teme que não saia do papel por excesso de burocracia.

“Já existem equipes que trabalham pelo SUS e não têm verba, porque há uma série de normas a ser cumpridas. Há mil dificuldades e exigências legais, e a coisa não vai pra frente”, afirma. “Tem que haver facilitadores, inclusive na legislação.”

Fonte: Folha Online

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