Por Dra. Débora Alencar de Menezes Athayde

CRM: 8432-PB

Pediatria – RQE 6174

Endocrinologia Pediátrica – RQE 6175

 

A puberdade precoce é um fenômeno que pode impactar significativamente o desenvolvimento físico e emocional das crianças. Ela é definida como o início do desenvolvimento sexual antes dos oito anos em meninas e dos nove anos em meninos. Nas meninas, isso pode incluir o surgimento das mamas, o crescimento de pelos pubianos e odor axilar. Já nos meninos, além destas alterações, o aumento do tamanho peniano e dos testículos.

 

Houve um aumento vertiginoso de casos de puberdade precoce nas últimas décadas, principalmente em meninas. Estudos revelam que, em 1830, a menarca ocorria, em média, aos 17 anos, contrastando com a média atual no Brasil, que reduziu para 11,7 anos. Esta diferença substancial suscita reflexões importantes.

 

O aumento nos casos observado nas últimas décadas pode ser atribuído a uma combinação complexa de fatores ambientais, genéticos e sociais. Algumas das principais causas incluem: exposição a substâncias consideradas disruptores endócrinos; sobrepeso e obesidade infantil; mudanças nos padrões alimentares; predisposição genética; estresse ambiental e psicossocial; e exposição crescente a estímulos visuais relacionados à sexualidade.

 

Seu tratamento vai variar de acordo com a causa subjacente. Em alguns casos, pode ser necessário apenas monitoramento cuidadoso, enquanto, em outros, a administração de medicamentos para regular os níveis hormonais pode ser indicada. Importante ressaltar que a puberdade precoce não apenas impacta a criança fisicamente, mas também apresenta implicações emocionais e sociais. Elas podem enfrentar desafios psicológicos, incluindo dificuldades nas interações sociais, sendo necessário proporcionar, também, atenção e suporte emocional aos pacientes.

 

Portanto, dada a crescente incidência de puberdade precoce, é crucial estar atento aos seus sinais. Ao identificar esses indícios, é fundamental encaminhar prontamente a criança para avaliação pelo endocrinopediatra. A conscientização sobre os sinais precoces, a busca por ajuda especializada e o acompanhamento adequado são passos fundamentais para garantir o bem-estar físico e emocional das crianças afetadas por essa condição.

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