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Por Dra. Ana Thereza Uchoa

MÉDICA CRM-PB: 4986

Mastologia RQE Nº: 2843

Ginecologia e Obstetrícia – RQE Nº: 3336

Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional Paraíba (SBM-PB)

 

Um diagnóstico de câncer de mama pode parecer avassalador, mergulhando a paciente em um mundo de termos médicos complexos e decisões difíceis. Nesse cenário desafiador, o recurso mais poderoso que uma paciente possui não é um único medicamento ou tecnologia, mas uma equipe coordenada de especialistas: a Equipe Multidisciplinar (EM). Essa abordagem colaborativa é o padrão ouro moderno de cuidado, transformando a jornada da paciente de uma série fragmentada de consultas em um plano de batalha unificado e personalizado. Esta equipe inclui: mastologistas, oncologistas, radiologistas, patologistas, radioncologistas, enfermeiros, geneticistas, psicólogos, assistentes sociais, profissionais de Saúde Mental, fisioterapeutas, nutricionistas e educadores físicos.

Nenhum especialista consegue ver o quadro completo sozinho. Um radiologista vê a imagem, um patologista vê as células e um cirurgião vê a anatomia. Ao se reunir regularmente a EM consolida essas perspectivas. Eles revisam os achados diagnósticos em conjunto e debatem as nuances do caso, garantindo que nenhum detalhe crítico seja esquecido.

O câncer de mama é uma doença heterogênea. Um tratamento que funciona para um tipo pode ser ineficaz para outro. A EM elabora, em colaboração, uma sequência de tratamento adaptada ao câncer específico do indivíduo. Por exemplo, eles podem decidir que a quimioterapia antes da cirurgia (terapia neoadjuvante) seria mais eficaz para reduzir um tumor grande, tornando possível uma cirurgia menos invasiva. Esse sequenciamento estratégico é resultado direto do planejamento multidisciplinar.

Antes do modelo da multidisciplinaridade, uma paciente podia receber opiniões conflitantes de diferentes médicos, gerando confusão e atrasos. A EM garante que todos os especialistas estejam “na mesma página” desde o início. O plano de tratamento é coeso, lógico e acordado por todos os especialistas relevantes antes de ser apresentado à paciente.

Estudos mostram consistentemente que o atendimento de uma equipe multidisciplinar leva a melhores taxas de sobrevida, maior adesão às diretrizes de tratamento e maior satisfação do paciente. Os pacientes se sentem mais confiantes sabendo que uma equipe de especialistas elaborou seu plano. Eles também se beneficiam de serviços de apoio integrados, abordando não apenas a doença física, mas também os encargos emocionais e práticos do câncer.

Essa abordagem multidisciplinar coloca o paciente no centro do processo. Após a equipe desenvolver uma recomendação consensual, o paciente se reúne com seu(s) médico(s) responsável(is) para discutir o plano proposto. Isso permite uma conversa clara e abrangente, capacitando o paciente a tomar decisões informadas sobre seu tratamento com todo o peso do conhecimento especializado.

Enfrentar o câncer de mama é um desafio profundo, mas ninguém deve enfrentá-lo sozinho. A equipe multidisciplinar incorpora o princípio de que a complexidade do câncer é melhor enfrentada com a inteligência, a habilidade e a compaixão coletivas de muitos. É um modelo que reconhece a pessoa como um todo — sua biologia específica da doença, suas circunstâncias pessoais e seu bem-estar emocional.

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