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Por Dra. Bruna Nóbrega

MÉDICA CRM-PB: 13243

Dermatologista RQE: 8851

 

A gestação é um período marcado por intensas mudanças hormonais que impactam diretamente a pele. Durante esses nove meses, é comum surgirem alterações como manchas escuras ou avermelhadas, alterações dos cabelos e unhas, acne, estrias e modificações da mucosa oral. Por isso, adotar uma rotina de cuidados adequada é essencial tanto para a saúde e autoestima da gestante, quanto para prevenção do surgimento de alterações da pele características desse período.

 

As alterações de pigmentação são as mais comuns e podem acometer até 90% das gestantes. Elas acontecem como consequência do aumento da circulação de hormônios como estrogênio, progesterona e hormônio estimulante de melanócitos, tanto quanto pelo aumento da quantidade dessas células.

 

Essas mudanças pigmentares da pele da gestante podem se manifestar nas aréolas mamárias, axilas, abdome (conhecida como linha nigra) e face. Na face, uma das queixas mais comuns é o melasma gravídico, ou cloasma, que se manifesta com o surgimento de manchas acastanhadas na face e tem tendência a regressão espontânea em torno de 1 ano após o parto.

 

Durante a gravidez, podem ser usados protetores solares para prevenção do surgimento ou piora do melasma. Devido à sua baixa resposta a tratamentos devido ao nível aumentado de hormônios circulantes, muitas vezes é necessário aguardar o final da gestação para início do manejo da condição.

 

Outra queixa frequente da face é o surgimento de acne. Ela ocorre principalmente no primeiro trimestre devido ao aumento da progesterona, que estimula a atividade das glândulas sebáceas. Para tratá-la, o ideal é usar produtos seguros para a gestação, como sabonetes suaves específicos para peles oleosas e produtos com ingredientes permitidos, como o ácido azelaico.

 

O ideal é evitar substâncias como o ácido salicílico e o ácido glicólico em altas concentrações, os retinoides tópicos (tretinoina, adapaleno) e, principalmente, a isotretinoína e os antibióticos da família das tetraciclinas, que são contraindicados na gestação.

 

Quanto à pele do corpo, é comum notar ressecamento, prurido (coceira) e estrias, principalmente no abdômen, mamas, quadris e coxas. Mulheres jovens, brancas com índice de massa corpórea mais alto e com ganho de peso mais elevado têm mais predisposição a surgimento das estrias. Hidratar a pele com hidratantes com ativos como manteiga de karité, óleo de amêndoas doces, vitamina E e pantenol ajuda a pele a tolerar melhor o estiramento da pele característico da gestação.

 

Em relação aos cabelos, estes tendem a crescer mais rápido devido a diminuição da conversão dos pelos da fase anágena (de crescimento) para a fase telógena (de repouso). Após o parto, ocorre rápida transformação da fase anágena para a telógena, traduzindo-se como queda capilar, de início em 2 a 5 meses pós-parto.

 

Outras alterações são consideradas fisiológicas durante a gestação, como modificações no crescimento das unhas, surgimento de sinais ou manchas avermelhadas, varizes e mudanças na mucosa oral. Se alguma dessas modificações despertar alerta na paciente, é aconselhado procurar atendimento dermatológico.

 

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