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Dr. Walter Amorim de Araújo Junior

MÉDICO CRM-PB: 12601

Clínica Médica RQE: 7374

Geriatria RQE: 9000

 

Em 2025, novas diretrizes sobre hipertensão foram publicadas pela American Heart Association (AHA) e pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Essas atualizações trazem mudanças importantes, especialmente para o cuidado com os idosos.

 

Um dos principais pontos é a nova classificação dos níveis de pressão arterial. Agora, valores iguais ou acima de 120×80 mmHg já são considerados um sinal de alerta — o que antes era visto como “normal”, hoje é chamado de pré-hipertensão.

 

Isso não significa que todos precisarão de remédio, mas indica a importância de hábitos saudáveis e acompanhamento regular.

 

O tratamento medicamentoso passa a ser indicado para quem tem pressão a partir de 130×80 mmHg e já apresenta doenças como insuficiência cardíaca, AVC, diabetes, doença renal ou coronariana. Para quem não tem essas condições, recomenda-se avaliar o risco cardiovascular global com uma ferramenta chamada escore PREVENT, que estima a chance de problemas cardíacos em 10 anos.

 

As novas metas de pressão sugerem manter a pressão abaixo de 130×80 mmHg para a maioria das pessoas. No entanto, o cuidado com o idoso deve ser individualizado. Nem sempre “quanto mais baixo, melhor”.

 

Em idosos frágeis, especialmente os que vivem em instituições, têm várias doenças ou tomam muitos remédios, pressões muito baixas podem ser perigosas. Estudos mostram que valores de pressão sistólica (a máxima) abaixo de 130 mmHg podem aumentar o risco de quedas, desmaios e até mortalidade nessa população.

 

Por isso, diretrizes e especialistas recomendam metas mais seguras: em idosos frágeis, uma pressão entre 140 e 150 mmHg pode ser mais adequada, desde que o paciente esteja bem, sem sintomas e com boa qualidade de vida. Tudo deve ser ajustado conforme a tolerância clínica, o grau de independência e a expectativa de vida.

 

A polifarmácia — uso de muitos medicamentos — é outro ponto de atenção. O excesso de remédios aumenta o risco de efeitos adversos e interações, e muitas vezes é possível simplificar o tratamento sem prejudicar o controle da pressão.

 

Nos idosos em cuidados paliativos ou com doenças muito avançadas, o objetivo principal deve ser o conforto, e reduzir ou suspender alguns anti-hipertensivos pode ser apropriado.

 

Em resumo, pressões acima de 120×80 mmHg merecem atenção, e o tratamento deve sempre considerar o risco cardiovascular, o estado clínico e a fragilidade do paciente. Nos idosos frágeis, deve-se evitar pressões muito baixas, já que valores entre 140 e 150 mmHg costumam ser mais seguros. Mais do que números, o foco deve estar na qualidade de vida, segurança e individualização do cuidado.

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